A palavra branda...
“A
resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. Prov. 15:1
Normalmente
sou uma pessoa bem tranquila diante de muitas situações da vida. Consigo ser
longânimo em situações que muitas pessoas já teriam explodido com imensa
facilidade. Não pensem e nem imaginem que sou o rei da paciência, pois essa
premissa é falsa.
Para
comprovar que nem sempre sou paciente assim, tem um local onde me sinto
totalmente transformado, o trânsito. Recordo-me que quando pastoreava a Igreja
Batista do Aquidabã, sempre dizia: me ajudem em oração, pois o trânsito me tira
do sério.
Na
última segunda-feira, após um chuvoso dia na Grande Vitória, voltava para casa
em Vila Velha e resolvi passar pelo centro da cidade de Vitória para fugir de
um engarrafamento que sempre acontece na famosa terceira ponte.
Tudo
correu bem até que bem próximo da minha casa, numa rotatória próximo ao bairro
Novo México, debaixo de muita chuva, trânsito pesado, um veículo entrou
abruptamente na minha frente e como de praxe acionei a buzina e segui o fluxo.
Para
minha surpresa, o motorista do quase acidente parou o seu veículo, desceu e
veio na minha direção. Abaixei o vidro e ele aos berros disse: - tem uma placa
bem grande lá atrás de PARE e você não viu?!?!?!
Foram
tensos aqueles segundos! Qual seria o
resultado daquela conversa quase monóloga? Desci o vidro de maneira bem serena
e disse: - amigo, não vi a placa e me desculpe pelo ocorrido.
Foram
milésimos de segundos de silêncio e olhando nos olhos de um homem transtornado,
vi algo incrível acontecer! Ele parou de falar, me pediu desculpas, apertou a
minha mão, retornou para o seu carro e seguiu o seu caminho.
“a palavra branda devia o furor, mas a
palavra dura suscita a ira”.
Tenho aprendido
muitas lições nos últimos tempos, mas esse texto bíblico foi uma realidade na minha
vida porque não agi com a lógica do cidadão nervoso e sim com uma lógica
diferente daquela que comumente usamos no nosso dia a dia de olho por olho e
dente por dente.
Nem
sempre tenho tanta sensatez no trânsito, mas entendo que a atitude de não agressão,
não violência, além de bíblica e cristã, preserva vidas, nos dá oportunidade de
contar nossas experiências e nos faz sonhar com um mundo melhor a começar por
mim.
Desejo
que o sol da paciência divina possa entrar em nossos olhos e corações a começar
pelos meus cobrindo-os de amor, paz, bondade, mansidão, domínio próprio, pois
contra essas coisas não há lei, assim nos diz o apóstolo Paulo.
É isso
por hoje... é vida que segue!!!
Pr.
Robertinho
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