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terça-feira, 31 de outubro de 2023



Ela é boazinha... não se preocupem!

Era um final de semana e aquele esposo todo animado convidou sua amada para passar dois dias no interior do Espírito Santo, numa cidade bucólica em certa região do estado que é muito procurada pelos casais e famílias que desejam curtir as montanhas e tomar um caldo.

Aquele casal contou os dias para torcendo para que a semana passasse bem rápida e na sexta-feira, saíram da capital, Vitória e partiram até a região buscando curtir um bom fim de semana, regado a caldos, vinhos e passeios em pontos turísticos.

A cidade por ser pequena e atrair muita gente, apesar de ficar perto da capital a chegada até o local é muito difícil pois o número de veículos é grande e o trânsito fica impraticável e é necessário que se tenha muita paciência.

Chegaram à pousada, fizeram um check-in, se acomodaram e depois saíram para curtir um pouco da noite para degustar a especialidade de um certo restaurante que é o capelleti de frango, tomar um bom vinho e apreciar às estrelas, chegou o momento de retornar para a pousada.

Perceberam que haviam muitas fotos emolduradas na parede e pelo visto eram antigas de pessoas falecidas. Uma delas chamou a atenção do homem que fez um comentário sobre a figura da mulher na moldura, achando-a feia, esquisita e com um olhar assustador.

Quando chegaram, subiram as escadas que não estavam totalmente iluminadas e a moça da recepção já havia deixado o posto e naquele momento deveria estar com sua família.

Deitaram e o sono chegou e a noite cumpriu o seu papel, foi avançando lentamente com o silêncio que o local proporcionava, até que algo estranho começou acontecer em determinado momento: o homem ouviu um certo barulho que vinha da porta do banheiro.

Ele levantou e percebeu que a porta estava entreaberta e achou estranho, pois não havia inclinação no portal que proporcionasse tal fato e muito menos corrente de ar, uma vez que as janelas estavam fechadas e pelo fato do local ser frio, nenhum ventilador ou ar-condicionado havia sido ligado.

Após fechar e examinar bem a porta, deitou-se novamente e algum tempo depois percebeu que além de um barulho ela novamente estava aberta. O homem ficou arrepiado pois olhava a porta se movimentava num vai e vem, como se alguém a empurrasse.

Mais uma vez de pé, totalmente amedrontado e não querendo acordar sua esposa, foi tremendo até a passagem e a fechou e ao mesmo tempo sentia um vento frio que corria pelo local e a impressão que tinha é de que ele cortava a sua roupa atingindo a sua coluna vertebral. Agora está lacrada, pensava ele.

Deitou-se mais uma vez e conseguiu fechar os olhos e dormiu e aconteceu outro fato que chamou a atenção daquele senhor: a porta novamente se abriu e sem nenhuma explicação a sua esposa foi parar “nos pés da cama” e acordou assustada. Fatos estranhos estavam acontecendo naquele quarto.

A partir daquele momento o casal já não conseguia dormir o único meio que conseguiram passar a noite foi conversando até o dia amanhecer. Foi uma longa noite. Após o café ainda assustado arrumaram seus pertences e foram conversar com a proprietária e expuseram a experiência vivida na noite anterior.

Olharam para uma das fotos das molduras que estavam na parede e receberam a explicação que aquela senhora que ele havia achado estranha, falecerá no local e que segundo a recepcionista de tempos em tempos aconteciam fenômenos que eram atribuídos à senhorinha, mas não era preciso se preocupar que ela é boazinha.

O casal ainda assustado com tudo que haviam vivido na noite anterior saiu do local com aquela última frase da mulher que ser portava como se os acontecimentos tivessem sido algo natural. Ela é boazinha... não se preocupem!

Foram embora e prometeram não voltar naquele lugar tão cedo. Bem essa foi a história que ouvi como verdadeira.

É isso por hoje... é vida que segue!

 

terça-feira, 10 de outubro de 2023





 Verdades sobre o tempo...

Será verdade que o tempo é o senhor que cura todos os males...

Será verdade que o tempo ameniza todas as dores que doem por todo o nosso corpo e nem mesmo conseguimos saber onde dói...

Será verdade que o tempo nos faz acostumar com todas a mazelas que a vida nos oferece...

Será verdade que o tempo vai transformar aquela dor que bate forte no meu peito e que não quer se transformar em saudades...

Será verdade que o tempo trabalha a nosso favor se cada dia que se passa mais sua ausência é sentida...

Será verdade que o tempo trata as nossas profundas feridas abertas em nossa alma pelo sentimento de impotência diante de doenças que destroem nossos corpos...

Será verdade que o tempo sara os traumas que foram abertos em nosso ser pela partida de gente que chegou, sequestrou, partiu e partiu o nosso coração...

Será verdade que o tempo nos faz acostumar com a saudade dos tempos de conversas sérias sobre coisas tolas, bobas, leves pesadas, doidas, sentidas e libertadoras...

Será verdade que o tempo vai suprir sua ausência e a falta que você me faz?

Será verdade que o tempo vai se encarregar de desatar os nós apertados que trago no meu peito?

Será verdade que o tempo vai oferecer alguma centelha de luz para alegrar os lugares tristes insistem em permanecer nas minhas entranhas?

Será verdade que de fato é necessário dar tempo ao tempo?

Se for essa a verdade do sobre o tempo... então está na hora dele cumprir a parte que lhe pertence pois a minha venho cumprindo faz tempo.

É vida que segue...

  Primavera 2023

Roberto Luiz Gomes


terça-feira, 5 de setembro de 2023

O Último Olhar...

O dia anterior fora muito difícil à família que vinha de uma luta implacável contra os resultados de um acidente vascular cerebral que não deu muita trégua e recrudesceu ao longo dos últimos dois anos na vida daquele homem.

Existem fatos que acontecem no interior das famílias que somente algumas pessoas que vivem bem próximas delas, conseguem enxergar as muitas virtudes dos seus componentes.

Ele era um homem bem simples, nasceu num lugar pequeno que ficava às margens da velha estrada de ferro da Leopoldina que ligava Cachoeiro de Itapemirim à capital Vitória, no Espírito Santo, chamado Salgadinho. Não estou falando do cantor e sim de um lugarejo, próximo ao distrito de Soturno.

Cresceu em meio a uma família composta de quatro mulheres e mais um irmão e seus pais foram o seu ‘’Pequetito’’ e Dona Miúda. Seu velho pai, era um contador de histórias e “estórias” e algumas estão bem vivas em minha mente até o dia de hoje. Sua mãe, era uma mulher querida e cuidadosa e que nos deixou bem cedo, mas também marcou minha tenra infância.

Nesse ambiente, o jovem mudou para Rio de Janeiro como estava no tempo do serviço militar foi prestar o seu tempo no exército, retornando depois para Cachoeiro, onde por um tempo trabalhou na viação Itapemirim, lavando os ônibus da empresa que começava a operar no transporte intermunicipal e pouco tempo depois no interestadual. 

Não muito tempo depois surgiu a oportunidade de ingressar na Rede Ferroviária Federal, mais conhecida como Leopoldina. Os dias iniciais não foram fáceis, mas para quem estava acostumado a ficar horas de plantão no exército e lavando ônibus foi se acostumando à nova profissão de ferroviário.

Foram anos de trabalho árduo e para aquele homem, não tinha tempo bom ou ruim, chuva ou sol, calor ou frio, ele sempre estava disposto a enfrentar as intempéries para realizar o seu trabalho.

Ele sempre foi muito responsável com o trabalho e não descuidava em nenhum momento de sua família. Foi um homem que viveu do trabalho para casa e durante toda a sua vida, sempre contou com a ajuda de sua incansável esposa na criação dos seus filhos.

No início dos anos oitenta em mais uma de suas viagens, quando estavam passando por Matilde, distrito de Alfredo Chaves, sentiu-se mal foi levado à Vitória e ficou constatado que sofrera um Acidente Vascular Cerebral, mais conhecido como “derrame”.

Os momentos inicialmente foram bem difíceis. Como ele era um homem forte e que nunca havia faltado a um dia de trabalho, ficar preso a um leito de hospital com um lado do seu corpo paralisado, foi muito duro para ele e toda família. Como a vida é feita de recomeço, ele aprendeu a viver com algumas limitações e assim o fez durante vinte e quatro anos.

Nos dois últimos anos de vida, sua saúde foi fragilizada e ele ficou praticamente os meses de novembro e dezembro do ano de 2004, no hospital e houve um revezamento dos filhos durante aquelas longas noites.

No dia 24 de dezembro, foi a noite do seu filho mais velho ficar no hospital e uma das cenas que marcaram aquela noite foi justamente o olhar pelas janelas do quarto do Hospital Evangélico e os fogos de artifícios que estouraram à meia noite anunciando o Natal.

Era um olhar no céu contemplando as estrelas e o brilho dos fogos e outro olhar numa cama com um homem que respirava com dificuldades e num profundo sofrimento, mas com o olhar sereno. O tempo foi passando bem devagar, pois parecia querer estender a noite, para que ele ficasse mais algum tempo com alguém de sua família.

A madrugada se foi, e bem cedinho às 05h da manhã, após uma longa batalha, os olhares entre pai e filho se cruzaram, era uma espécie de olhar gentil... reconfortante... e de despedida. Esta foi a última vez que eu vi meu querido e amado pai Osmani Gomes.

O último olhar que guardarei sempre na minha lembrança... um momento que estará para sempre no meu coração. Sou grato a Deus pelo pai que tive. Um homem simples, trabalhador, dedicado à família... um homem bom. Essa é a melhor definição que tenho daquele grande homem.

Se estivesse conosco hoje, completaria 93 anos, mas somos profundamente gratos a Deus pelos anos que vivemos juntos e por todas as lições que aprendemos. Agradeço a Deus por ter celebrado o seu batismo. Sou grato pelas lembranças que permanecerão em minha vida para sempre.

Com carinho...


domingo, 20 de agosto de 2023

Em tudo dai graças...

Sou grato a Deus... por mais um ano de vida. Vencer mais uma etapa não foi nada fácil, mas aqui estou para agradecer.

Sou grato a Deus... pelos meus queridos pais. O sr. Osmani Gomes (in memória), homem bom e de uma paciência e que sempre falava baixo e não me lembro dele ter ralhado com qualquer um de nós. Minha mãe, sra. Maria Gomes, sempre foi uma mulher de múltiplas ações. Sempre dedicada aos filhos, administrava à casa com sabedoria e não deixava de cumprir com o ministério do rol de bebês da Igreja de Aquidabã. 

Sou grato a Deus... sou grato a Deus pelos saudosos avós. Foram pessoas que nos ensinavam sobre um mundo diferente da realidade que vivíamos na capital secreta do mundo, devo confessar que um dos meus avós gostavam de fantasiar por demais as histórias e depois que gente cresce descobre que não era bem assim. Rsrs

Sou grato a Deus... pelos amados irmãos. Do convívio com meus irmãos, gosto sempre falar tivemos uma infância do tipo que aprontavam, brigavam e via de regras algumas vezes, não muitas, fomos corrigidos com uma bela vara de goiaba.

Sou grato a Deus... pelos meus tios e tias. Tive o prazer de conviver com muitos deles na minha infância e sem dúvidas carrego na minha memória e coração lembranças que dariam um livro.

Sou grato a Deus... pelos meus primos e primas. Faço parte de uma grande família que as idades são bem próximas e apesar de existir pensamentos diametralmente opostos nos respeitamos e somos amigos.  

Sou grato a Deus... pelos meus sobrinhos e sobrinhas. Fico encantado quando vejo os outrora pirralhos, alguns chorões e outros espertos além da conta, jovens casados, com filhos e cuidado de suas vidas. Conviver e conversar com esses jovens me ajuda a entender um pouco essa galera.

Sou grato a Deus... pelos meus amigos. Tive uma infância, adolescência e juventude muito dinâmica. Aprontamos muito e disso tudo tenho muitas histórias engraçadas, encrencas típicas de adolescentes e momentos difíceis que só reforçaram a nossa amizade.

Sou grato a Deus... pelas Igreja que pastoreei. Tenho certeza plena de que marquei vidas, porém o impacto que todas elas no seu tempo exerceram sobre minha vida ficarão gravadas para sempre no meu coração.

Sou grato a Deus... pelo meu trabalho. Considero importante reconhecer a importância dos meus colegas de trabalho de hoje e os de ontem, pois todos eles foram e são importantes na minha formação profissional.

Sou grato a Deus... pela minha aposentadoria. Foram tempos duros e difíceis, mas em tudo e por todo os momentos o Deus foi bondoso me sustentando nas minhas diversas jornadas de trabalho por várias partes desse nosso Brasil e o privilégio que tiver de servir como missionário no Continente Africano.

Sou grato a Deus... pelas pessoas queridas que passaram pela minha vida. Os últimos trezentos e sessenta e cinco dias, não forma muito fáceis. Algumas pessoas queridas (Néri Barreto e Dorca Machado Silveira), foram para os braços do Pai e não posso deixar de agradecer por tudo que pude aprender com essas duas vidas.

Sou grato a Deus... por esse tempo. Por saber que cada dia, semana, mês e ano Ele continua fiel, no seu amor, cuidado e tratando da minha vida, minhas emoções com o mesmo amor e como Paulo fala em II Cor. 5:14, num outro contexto e tomo a liberdade de usar a ideia aqui, “pois o amor de Cristo me constrange”, pois não compreendo o que fiz, para merecer tão grande amor.

Sou grato a Deus... por mais um ano. Foram dias de aprendizado e como diz o poeta: “a vida é uma escola e o tempo o professor, onde alguns são sábios, porém até hoje ninguém se formou...” por isso prossigo na escola da vida, pois sinto que ainda tenho muito que aprender, conquistar e continuar deixando Deus escrever a história que Ele tem para minha vida.

Sou grato a Deus... por sua vida. Obrigado por ter tirado um pouco do seu precioso tempo para me acompanhar nas minhas palavras de gratidão

A Deus toda honra e glória.


 

sábado, 3 de junho de 2023


Antes de você partir...         

“Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos.” Jó 42:5

Antes de você partir... aproveitamos o nosso tempo, nos tempos de seminário de uma maneira bem juvenil, diria infantil.

Antes de você partir... eu ficava impressionado com seu jeito de ser com suas colegas do curso de música sacra que somente sabiam rir todas as vezes que entravam na livraria.

Antes de você partir... passamos um longo tempo separados pelo fato de tomarmos caminhos diferentes nas áreas ministeriais.

Antes de você partir... nos reencontramos na Convenção Batista Brasileira que aconteceu no Rio de Janeiro fortuitamente, trocamos telefone, mas você não me ligou e eu não te retornei.

Antes de você partir... mais um tempo se passou e você desapareceu envolvida nos seus ministérios de músicas e dividindo o seu tempo ora como professora, ora como fonoaudióloga.

Antes de você partir... recebeu um presente lindo de Deus que tem por nome Caio, criança possuidora de uma graça infinda e que a todos encanta com sua simpatia do jeitinho que ele é.

Antes de você partir... você assumiu de maneira responsável o papel de mãe como uma missão digna de uma guerreira, pronta para brigar pelos direitos do seu filho como poucas genitoras.

Antes de você partir... tivemos a oportunidade de um novo reencontro bem inusitado, pois a época me encontrava do outro lado do Atlântico, mas as redes sociais servem para quebrar barreiras.

Antes de você partir... nos reencontramos no local onde nos conhecemos na colina abençoada onde fica o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, foi uma festa.

Antes de você partir... celebramos com muita força e vontade nossa amizade tendo sempre no coração uma máxima: amigo pode passar muitos anos sem se falar, mas quando se encontram sentam e conversam como se o tempo não existisse.

Antes de você partir... você pacientemente me incentivou a escrever minhas crônicas, histórias bíblicas para crianças e gente grande e me fez ver que poderia colocar em prática o projeto Em Busca da Infância Perdida, como uma amiga que sempre via viabilidade na concretização do meu sonho.

Antes de você partir... discutimos muitas vezes os meus textos que saiam “quadrados” e que faziam sentido para mim, mas pacientemente passávamos parágrafo por parágrafos num “debate” por vezes era preciso uma pausa para que os ânimos fossem arrefecidos.

Antes de você partir... aprendi que a vida é muito simples de ser vivida, especialmente quando se busca a verdade e transparência nas menores ações do dia a dia. É mais fácil viver assim, pois esse era o seu estilo de vida.

Antes de você partir... veio as primeiras dores e me lembro bem quando andávamos pelo shopping de Sulacap que e você me disse que precisava procurar um médico e assim o fez na semana seguinte.

Antes de você partir... veio a descoberta da enfermidade e choramos juntos, mas você estava disposta a enfrenta-la com dignidade e assim o fez até o seu último momento com a serenidade que vi em poucas pessoas ao longo da minha vida pastoral.

Antes de você partir... você se preocupava o tempo todo com todos os irmãos, irmã, sobrinho, sobrinhas, amigos, amigas, igrejas e filho como se pudesse colocar todos debaixo de suas asas como diz o versículo 4 do Salmo 91.

Antes você partir... conversamos, rimos, comemos, brigamos, fizemos bico, desfizemos os bicos, brincamos com Caio (fiz algumas loucuras com a cadeira de rodas dele) no shopping, discutimos livros, filmes, sermões, vídeos até política com muito respeito.

Antes de você partir... sempre pensei que um dia você iria e já não mais poderia passar quatro horas falando ao telefone, contando histórias de vidas, histórias da gente com a urgência de que o tempo se escoava e inconscientemente era preciso antecipar a conversa.

Antes de você partir... pude viver e dizer várias vezes o quanto te admirava e como você me fazia bem e como fará falta.

É você se foi, mas deixou registrado na minha memória lições grandes e pequenas que marcaram a minha vida para sempre.

Obrigado amiga, irmã, gente do coração... você conquistou sua liberdade e está livre das amarras desse corpo limitante...

Você está livre... dos limites... das dores... dos empecilhos... no lugar mais seguro... nos braços do Pai!

 Pr. Robertinho Gomes


 

 

 


sexta-feira, 13 de janeiro de 2023


Um passeio pela casa de Rubem Braga...

Rubem Braga nasceu em 12 de janeiro de 1913, em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Mais tarde, com 13 anos de idade, publicou seu primeiro texto, no jornal O Itapemirim, do Colégio Pedro Palácios.

A casa onde ele morou fica na rua 25 de março, uma das principais vias de Cachoeiro e que lembra a data da emancipação da cidade. É uma casa bem simples para os padrões atuais, com os quartos das crianças interligados com o quarto dos pais, como eram as casas de “antigamente”.

Num dos quartos existe uma estátua feita em papel do cronista e que fica ao lado de diversas reproduções de desenhos e quadros dedicados a Rubem Braga ou criados como ilustrações de suas crônicas. Existem imagens de Djanira, Di Cavalcanti, Dorival Caymmi, Cândido Portinari e outros nomes como Carybé.

Na parte de baixo que seria o “porão” da casa encontramos lençóis com fragmentos das principais crônicas e poesias do autor. Outro fato bem interessante é que existe a reprodução de um texto na voz do próprio Rubem. Andar por esse espaço e como caminhar entre as nuvens cobertas de versos que inspiram.

No quintal, hoje cimentado possui uma grande árvore de fruta-pão, que é rica em fibras e serve para combater diabetes, repor energias e ajuda na regulação intestinal. Confesso que não tenho a menor apreciação pela fruta, apesar de toda sua versatilidade.

O cronista, estudou em Niterói e ingressou na faculdade de Direito, porém concluiu sues estudos em Belo Horizonte, onde escreveu para o Diário da Tarde. Morou em São Paulo, Recife e depois mudou-se para o Rio de Janeiro, sempre escrevendo crônicas e artigos para os principais jornais.

Rubem Braga, trabalhou como correspondente de guerra, na Itália nos anos de 1944 e 1945, tendo também servido no Marrocos, no período de 1961 a 1963, como embaixador.

Escreveu para os principais jornais do Brasil, faleceu em 19 de dezembro de 1990, consagrado como um dos cronistas mais respeitados do Brasil.

Passar uma manhã na Casa dos Bragas, ouvindo histórias e vendo os objetos pessoais, utensílios, móveis e livros do cronista foi um grande prazer.

Valeu a pena... é isso por hoje

É vida que segue...

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

TEMPO


Tempo

Tempo de descanso...

Tempo de rever familiares...

Tempo de recordar histórias com os amigos...

Tempo de renovação das forças consumidas nas batalhas diárias...

Tempo de preparação para tempos "diferentes"... alguns difíceis outros nem tanto assim...

Tempo de trabalhar e desenvolver novos projetos e avançar nos inconclusos...

Tempo de novos e grandes desafios ministeriais na Palavra, música e ensino...

Tempo ganhar, retribuir e dar grandes e fortes abraços... abraçar faz bem.

Tempo de agradecer pela vida e vivê-la como se fosse o último dia da nossa existência...

Tempo de viajar para longe, perto e para dentro do nosso ser... 

Tempo de procurar ouvir a voz de Deus nos detalhes a exemplo de Ananias, por ocasião da conversão de Saulo...

Tempo de confiar e esperar no Senhor, pois Ele tem sempre o melhor para todos nós.

Tempo de levantar, caminhar e esperar o cumprimento das promessas de Deus.

Deus tem sempre o melhor!!!