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terça-feira, 23 de agosto de 2016






In Memorian de Hallace Ferreira da Silva e Izabel Cristina de Macedo

“Onde está, ó morte, a tua vitória, onde está, ó morte, o te aguilhão?" I Cor 15:55

Na minha vida pastoral venho lidando com pessoas o tempo todo e como não poderia ser diferente com as festas da vida e as lágrimas da morte.

Presenciei fatos duros que me renderam experiências marcantes, porém sempre tive muitas reservas em lidar com a morte como algo natural, mesmo porque não sou legista e sim pastor e acho que ela invade nossas vidas nos momentos em que menos estamos preparados. Se é que existe preparo humano para este fato que por sinal será corriqueiro na minha e na sua vida. Que me desculpem os teólogos de plantão: falo de sentimento e da dor pela separação e não de teologia.

Este ano em curso tem sido um dos mais complicados no sentido de perdas de gente querida e pessoas da família. Alguns amigos do coração se foram e quando se está literalmente longe parece que a sensação de vazio e impotência é terrivelmente maior.

No domingo Hallace Ferreira da Silva se despediu da vida terrena, uma criança de apenas 12 anos e com todo um futuro por viver. Como dói porque imaginamos e projetamos o que essa criança poderia fazer na vida e pela vida das pessoas. Essa dor gradativamente diminuirá, mas essa triste lembrança permanecerá para sempre nos corações dos pais, avós e parentes.

Como não se bastasse mais uma pessoa querida nos deixou ontem, deixando uma certeza de vazio enorme no nosso peito. Minha amiga de infância, conjunto musical, escola, família... Izabel Cristina. Um pouco antes de minha viagem para o continente africano nos encontramos e ela se mostrava tão animada com seus projetos de vida. Mas assim é a vida, cheia de surpresas e algumas de conteúdos nada agradáveis.

Sei que virá um dia em que a morte não nos trará mais sofrimentos, porém enquanto esse dia não chega, choremos pelos que foram, mas acima de tudo amemos aqueles que se encontram conosco, para que choro na hora da morte seja apenas pela separação e que mesmo sendo momentânea como nos afirma a Bíblia não deixa de ser dolorida.

Bíblia nos conta que Jó num contexto e depois muito sofrimento disse: “Antes Deus eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos.” Um dia também o veremos face a face como Hallace e Izabel o têm contemplado.

Que Deus possa confortar as famílias, os parentes e amigos enlutados e amenizando está dor que insiste em afligir nossas almas nestes momentos.
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Que Deus a todos abençoe dando forças nesta nova etapa desta caminhada.