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segunda-feira, 28 de agosto de 2017




Retratos de uma guerra sem fim...


Temos ouvido falar e com frequência nos noticiários sobre a violência no estado do Rio de Janeiro, mais precisamente na simpática capital. Passei quinze anos de minha vida, no centro nevrálgico do Rio e devo confessar que os últimos acontecimentos são realmente de assustar. Tenho grandes amigos que moram na cidade que é chamada de maravilhosa e que está se tornando, a cidade do medo. Chega!

O cenário da violência é tão forte e funciona como um rolo compressor, não escolhendo pessoas, nem famílias. Isso é muito triste, pois todos nós, estamos morrendo, pouco a pouco. Perdi uma grande amiga que havia saído da Igreja e quando voltava pra casa, foi estupidamente atropelada por um carro conduzido, por bandidos e ela entrou em óbito. Chega!

Esse cenário não é exclusividade do Rio de Janeiro e se alguma coisa não for feita, isso pode se espalhar pelo Brasil. Assaltos são realizados em Cachoeiro de Itapemirim em plena luz do dia, por malfeitores, trasvestidos de motoqueiros. Chega!

Nem mesmo a presença do exército no Rio, tem intimidado os assassinos. Se em oito meses foram cem policiais, infelizmente teremos pelo menos mais cinquenta, até dezembro. "Parece que a gente está numa fila esperando nossa vez". Essas foram as palavras de um cabo da polícia militar que atua na cidade carioca. É como se a polícia carioca, estivesse numa fila esperando para morrer assassinada. Chega!

Tenho a impressão que o crime organizado funciona como uma economia paralela e que seus tentáculos envolvem a sociedade organizada, gente "nobre" e governos, pois os bandidos não se intimidam e continuam assassinando, policiais, trabalhadores, estudantes, homens, crianças e seus próprios comparsas. Chega!

Alguma coisa precisa ser feita. Mas a pergunta que não quer calar: o quê podemos fazer? Entendo que uma das primeiras providências, seria não nos conformarmos com essa violência que está posta. Vivemos numa sociedade violenta e somente nos sentimos tocados por esse monstro quando ele bate na nossa porta. Chega!

Atualmente, moro fora do Brasil mas tenho lido algumas pequenas indignações quanto uma novela que passa num dos canais que mais tem influenciado os brasileiros, chamada a força do querer (minusculo e sem destaque). Segundo pouquíssimas palavras leio contra no face, por exemplo, apologias ao tráfico, poder dos bandidos nas comunidades e benesses que o mundo do crime proporciona aos bandidos. Chega!

Não posso ser um ser estranho de achar que a realidade brasileira em muitas comunidades seja diferente daquela que se apresenta no folhetim, entretanto, que esta forma de viver escolhida por muitos, não precisa invadir os lares brasileiros, que na sua maioria são compostos de famílias desestruturadas e tudo o que um adolescente precisa ver é o falso poder de um militante, portando armamento pesado e buscar fazer isso uma forma de vida. Chega!

Acredito que a melhor maneira de atuar contra essa violência, é definitivamente compreender que preciso fazer a minha parte. Como assim? Reconhecendo que muitas das minhas ações, refletem um tipo de violência, quer seja no trato com as pessoas, no meu trabalho e num local onde na maioria das vezes não percebemos: nossa casa. Somos violentos com os nossos pais, filhos e parentes. Chega!

Entendo que a melhor palavra que posso utilizar na nossa luta contra esse mal que tem assolado e destruído a sociedade se chama indignação. Precisamos criar uma repulsa contra imagens, cenas e reportagens sobre certos acontecimentos violentos. Preciso compartilhar algo contigo: fui pastor de uma igreja em uma cidade de São Paulo e o bairro naquela época era bem violento. Todos os dias morria alguém que tinha relações com o mundo das drogas. Eu via aquilo e chegava em casa, era como se nada tivesse acontecido. Pensei: tem alguma coisa errada. Não trabalho no rabecão, não sou policial e nem médico e aquelas cenas precisavam me chocar. Parei de ver àqueles que foram mortos violentamente e voltei ao meu antigo estado emocional: ficar chocado e horrorizado com a violência do dia a dia. Violência não é normal. Chega!

Precisamos pressionar nossas autoridades que a cada quatro anos pedem os nossos votos e se perpetuam no poder e não conseguem fazer nada pela segurança do nosso povo. Entendo que saúde e segurança são temas que não podemos deixar de cobrar os nossos vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, governadores, senadores e presidência da república. Eles dependem do nosso voto e precisam sair da inércia. Chega!

Gostaria que as igrejas e seus dirigentes deixassem um pouco o personalismo e a vontade de fazer com que o seu rebanho se torne conhecido e começássemos buscar a paz da cidade e juntos fizéssemos um grande movimento na busca da humanidade, ser melhores humanos e para isso temos o nosso exemplo perfeito, Jesus. 

Estamos passando da hora de brigarmos pela paz no nosso país, antes que venham os dias em que diremos: que esta batalha foi perdida. Que o mal cresceria assustadoramente nos últimos tempos já sabíamos, entretanto o que não podemos fazer é ficarmos de braços cruzados.

O meu grande sonho é que um dia o sol da justiça entre rasgando e iluminando completamente os nossos corações que na maior parte do tempo tem lampejos de luz e na maior parte do tempo está cheio de morte.
É tempo de dar um basta... Chega!


Tempo de dar glórias a Deus!

Tempo de agradecer por Ele me conceder 58 anos, de existência... 
Tempo de reconhecer a importância da minha família, no meu viver...
Tempo que tive de ouvir boas histórias dos pais, avós, tios e dos "mais velhos"...
Tempo que tenho de contar histórias para os "mais novos", sobrinhos, adolescentes, alunos...
Tempo de convívio com amigos em momentos diversos e que me ajudaram crescer e atingir alvos difíceis...
Tempo de amar uma boa conversa, pois sempre aprendo alguma lição com o conhecimento do outro...
Tempo de erros que me fizeram aprender, crescer e ganhar experiência de vida... 
Tempo de acertos, comemorados com alegria, intensidade e claro, muito brilho nos olhos... 
Tempo de lágrimas doídas e sofridas, que ajudaram-me na busca de ser, uma espécie humana melhor...
Tempo de sorrisos, pois estar vivo é um bom motivo para sorrir, cantar, celebrar...
Tempo de decisões, compreensíveis para alguns e totalmente obscuras para outros...
Tempo de comemorar junto com a família e os amigos, longe dos olhos e perto do coração, essa data querida...
Tempo de comemorar na sala, escrevendo sobre o tempo e tendo como companhia um intruso e pequeno raio de sol...
Tempo de me alegrar com o “milagre” das redes sociais, pois falei e comemorei com minha família, meu pastor e minha amiga missionária Sofia, diretamente da capital secreta do mundo... (só cachoeirense entende)...
Tempo de agradecer aos amigos, amigas, familiares e colegas missionários pelo carinho e mensagens enviadas...
Tempo de agradecer a Deus, por tudo que Ele fez e continuará fazendo...
Tempo daquele menino tímido, olhar para trás e afirmar:... hoje é tempo de agradecer!
Tempo de dizer... a Deus toda glória!
Obrigado!

quarta-feira, 16 de agosto de 2017


Juntos...

Ele me carregou muitas vezes... junto dos seus braços!

Brincamos... juntos!

Sorrimos... juntos!


Andamos... juntos!


Viajamos... juntos!


Choramos... juntos!


Descemos às águas batismais... juntos!

Juntos... descobri que uma palavra doces e sábias me deixaram envergonhado de brincar na estação, pegando carona nos trens da velha leopoldina.

Juntos... ele deu os primeiros passos e reaprendeu a andar.

Juntos... descobrimos que mesmo com as limitações provocadas pelo AVC, ele era o servo mais pontual da Igreja que era membro.

Juntos... estávamos no meu primeiro pastorado quando ele pediu a palavra para agradecer por tudo que a PIB de Manguinhos fizera pelo seu filho.

Juntos... nos assentávamos no velho sofá, na varanda de nossa casa e falamos de tudo um pouco e ele não desgrudava os olhos no pé de caju.  

Juntos... nos alegramos no seu último aniversário.


Juntos... estávamos no seu último suspiro e seu terno olhar, na madrugada de 25 de dezembro de 2004.


Juntos...estivemos com família e amigos no culto de agradecimento por sua vida.


Sozinho... chorei quando retornei para casa naquele Natal que mudou pra sempre minha vida e dos meus familiares.


Juntos... estaremos naquele grande dia quando o Senhor enxugará dos nossos olhos toda lágrima.


Juntos... podemos agradecer a Deus o privilégio de nos ter dado um pai amoroso, manso, longânimo...


Juntos... agradecemos o benção de sermos descendentes de um homem bom!


Saudades do meu querido, estimado e amado pai: Osmani Gomes!


Parabéns a todos os pais!


Homenagem ao meu querido e saudoso pai.