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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Crônica de gratidão pelo meu aniversário... 2018



Gratidão...

“Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” I Tes. 5:18

Sou grato a Deus por estar com minha família, considerando que nos últimos dez anos não foi possível estar junto de minha querida e amada mãe (meu tesouro mais precioso), os meus irmãos, irmãs, sobrinhos e amigos que estão em alta estima. 

Sou grato a Deus por ter vivido a maior da minha vida junto às pessoas que sempre me deram força para continuar ainda que algumas dificuldades da caminhada tenham sido duras, desanimadoras e desgastantes.

Sou grato a Deus pelo tempo que passei em vários ministérios começando pela minha querida Primeira Igreja em Manguinhos, Primeira Igreja Batista em Ecoporanga (Ministério de Educação Cristã), Congregação Batista no Campo dos Alemães e Igreja Batista do Aquidabã, essa última, foi onde cresci e tive a oportunidade de liderar por 40 meses.

Sou grato a Deus pela oportunidade de nos últimos quatro anos ter dedicado minha vida à Missões Transculturais, passando pelo Senegal como tempo de preparação e no Togo, países do Oeste do Continente Africano. Minha gratidão aos queridos missionários que dedicam suas vidas do outro lado do Atlântico, pelas lições de vidas compartilhadas.

Sou grato a Deus pelo meu retorno ao Brasil (não foi fácil), mas durante esses dez meses, tive comprovação de ter voltado no momento certo, pois passamos por duras batalhas com enfermidade na família, porém o Senhor mais uma vez foi Fiel. A ele toda glória!

Sou grato a Deus pelos meus amigos de longe e de perto, pois sempre que necessitei recebi uma palavra amiga, incentivando-me ou alertando quanto à tomada de certas decisões. Quem encontra um amigo, encontra um tesouro! “Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro”.

Sou grato a Deus por voltar à Secretaria de Estado da Educação, nesse tempo e pelos meus novos e queridos colegas de trabalho e os grandiosos desafios de nossa valente e valorosa equipe que tem o comando de uma gerente pra lá de competente.

Sou grato a Deus pelos desafios enfrentados e vencidos e ainda por muitos outros que ainda terei pela frente e agora quase sexagenário (o tempo passa... o tempo voa...), espero ter mais serenidades para enfrentar as próximas etapas da vida sem nunca perder a alegria e o prazer de sorrir de tudo, inclusive de minha pessoa.

Sou grato a Deus por ter sido lembrado por amigos de diversos estados, países e continentes e ainda que eu quisesse usar todo meu vocabulário, ainda assim ficaria com uma altíssima divida.

Sou grato a Deus pelos meus queridos amigos senegaleses, ganenses, togoleses, nigerianos, “franceses”, malineses, “chineses”, paraguaios, alemães, guineenses e de outras nacionalidades que muito me orgulham e me deixam com uma vontade imensa de visita-los.

Sou grato a Deus por estar com minha gente, com meu povo, amigos, parentela e cercado de pessoas que me fazem com que os meus dias sejam sempre gostosos de serem vividos e que me dão alegria no tom certo.

Obrigado aos queridos e queridas pelo carinho e amizade...

“Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” Ef. 5:20

Abraços!

Robertinho

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Crônica da minha vida de músico com meus amigos no Conjunto e Grupo Emanuel




Amigos para sempre...

Amigos de Conjunto e Grupo Emanuel.

Amigos de viagem de Kombi do meu saudoso pai.

Amigos de retiros de Embaixadores do Rei.

Amigos de bagunça no velho Liceu Muniz Freire, na antiga quadra de futebol de salão. 

Amigos que nos esperam na rodoviária, aeroporto e se colocam a disposição jogando para o alto toda sua rotina para simplesmente nos fazer companhia.

Amigos que cuidam da vida funcional da gente, buscando e defendendo nossos direitos como se fossem os seus.

Amigos que se tornam filhos do coração da minha querida mãe, somente para que ficasse tranquilo do outro lado do Oceano Atlântico.

Amigos da viagens de ônibus de todas as manhãs com direito a guardar o seu assento e durante o trajeto as risadas são constantes, fortalecendo uma amizade que parece antiga.

Amigos das bagunças nas ruas de Cachoeiro, após às aulas no turno noturno, fui recomendado a não escrever exatamente o quê fazíamos, mas posso te falar em off.  rsrs

Amigos do velho e bom caldo de cana que sempre terminava com um banho no menos esperto.

Amigos que cuidam da vida da gente, quando estamos longe da nossa terra natal.


Amigos do futebol de salão, campo e do campinho do Bil com direito a pernadas tipo Vasco e aquele time.


Amigos das preocupações das mães para saber onde seus filhos estavam conversando por volta das 3h da manhã, após o culto.


Amigos do Colégio Batista Shepard que conhecemos por acaso e que se tornam mais chegados que irmãos.


Amigos que participaram e influenciaram nossa vida acadêmica e ministerial.


Amigos que viveram intensamente cada momento que passaram juntos e hoje têm histórias para contar.
Sou grato a Deus, por ter me concedido a oportunidade de compartilhar minha vida com esses queridos e queridas.


Sou grato a Deus, por ver o quanto Ele foi bondoso com todos nós. 


Sou grato a Deus, pelos meu amigos que não estão mais conosco, mas que também marcaram nossas vidas.


Sou grato a Deus, pois ainda que a vida um dia se vá e ela irá, tivemos tempo de dizer uns aos outros que nossa história tem um pouco da vida de cada um.


E parafraseando o poeta Asaphe: eu não sei o que seria de minha vida sem irmãos e irmãs...


Obrigado queridos e queridas e esse carinho que nos une, seja para sempre enquanto a vida durar e quando ela não mais existir por aqui, que as recordações inundem os nossos gratos corações.


Bjs no coração!


Vila Velha... 21/05/18

domingo, 14 de janeiro de 2018

Crônica da minha vida na África...



Memórias da África.

A Chegada no Senegal...

No próximo dia 21 de janeiro de 2018, completarei três meses no Brasil, depois de passar três anos no Continente Africano, especificamente, no Oeste da África.

Nesse tempo tive muitas experiências interessantes e acredito que a primeira e mais marcante, foi chegar em Dakar, no Senegal, dia 19 de agosto de 2014, exatamente um dia antes do meu aniversário .Assim que as portas do avião foram abertas, tive a nítida impressão de estar entrando num forno. Era verão, porém, eu sentia que outras emoções estavam por vir!

Depois de um breve tempo, tentando me acostumar com o calor, era necessário enfrentar a burocracia com o visto e todos os questionários e questionamentos da polícia com uma pessoa que falava um francês que nem ele mesmo entendia. Tudo era novidade!!

Agora com tudo liberado, passaporte devidamente carimbado, só restava pegar as três malas, (duas com coisas pessoais e uma com material do PEPE). Tudo corria bem, até que, olhei na esteira rolante e visualizei somente as minhas malas. Incrível! A mala do PEPE, simplesmente havia sumido!!!Uau!!!

Fui conduzido pelo pessoal do aeroporto para uma salinha, para explicar o que havia dentro da mala sumida e quais eram suas características. Com o meu francês de caminhão, procurei responder pacientemente a cada questionamento, e depois de quase uma hora e meia, consegui sair do aeroporto. Ufa!!! Agora pronto para viver as próximas emoções...

Assim foi a saída  repleta delas, pois os vendedores da moeda local, ofereciam Franco cfa, com  uma disposição de fazer inveja aos melhores cambistas brasileiros em final de campeonato no Maracanã. A cena era indescritível e na minha lembrança fui levado de um lado para o outro, e via os missionários Humberto e Ricardo, fazendo sinal, para que não trocasse a moeda.

Quando você chega num país e sabe que vai ficar por lá, passa um grande filme na sua cabeça. Após os cumprimentos de praxe, malas acomodadas no carro, vamos pra casa. As cores, o céu, as sensações e a iluminação, são diferentes. Não sabia se falava com o Humberto e Ricardo, ou se observava tudo que os meus olhos podiam captar. Queria guardar todas àquelas informações na retina, registrá-las na mente e guardá-las para sempre no meu coração. Acredito que consegui!

Quando chegamos na casa da Junta, recebemos uma ligação de que a mala perdida havia sido encontrada, fizemos meia volta e fomos correndo para o aeroporto. Agora era preciso abrir a mala para mostrar o conteúdo. Quase chorei, pois levei um tempo enorme para arrumar os livros e fui obrigado a retirá-los, depois recolocá-los no mesmo lugar, tive a sensação de ter experimentado a multiplicação deles. Cumpridas todas às exigências, partimos para o apartamento que seria a minha casa por alguns meses.

Ao chegar no prédio, uma porta foi aberta e o seu peso fazia com que ela se arrastasse no chão produzindo um som meio que irritante. Era preciso subir um lance de escadas como um caracol bem suave. As luzes eram fracas e o ambiente inicialmente era sombrio e triste. Diante do apartamento, esperamos alguns instantes para que Jean, nos abrisse a porta e finalmente entramos.. Ricardo ficou e Humberto, seguiu para casa!

O quarto era grande, possuía uma cama de casal e uma cômoda. Como a maioria dos móveis daquela região da África são de madeira, não mexi em nada, pois faria muito barulho e por certo acordaria meus vizinhos, considerando que eram três horas da madrugada.

Através da tela da minha janela, olhei pela primeira vez... Percebi que a concepção de iluminação pública era diferente da brasileira... Vi carcaças de carros, um velho compressor, árvores, uma passarela e minha rua, todos em silêncio. Apenas a “BR” que dava pra ver do meu quarto, não conseguiu, guardar silêncio...

Depois de um bom banho, adormeci e de repente, fui acordado pelo som que vinha de uma das muitas mesquitas que existem em Dakar... depois disso o cansaço foi mais forte e dormi!

No dia seguinte... Youssouf segue para sua próxima jornada....