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segunda-feira, 13 de maio de 2024


Maria José...

Nome composto... de dois personagens da história Bíblica.

Maria... mulher que não fugiu e não praguejou quando soube que fora escolhida por Deus para uma grande missão, a mais nobre da existência de todas as mulheres de todos os tempos.

José... um homem que mesmo tendo dúvida a princípio quanto a gravidez de Maria, sua mulher, não hesitou recebe-la como sua esposa quando teve consciência do plano de Deus.

Maria... uma mulher que guardava todas as coisas no coração, mesmo não entendendo os planos, atitudes, parábolas do filho que seria o Salvador do mundo, morrendo pelos nossos pecados.

José... obediente que foi seguiu ensinando seu oficio ao seu filho e durante toda sua vida e entrou para a história como o homem que não hesitou em ter a honra de receber o nome o nome de pai terreno de Jesus.

Maria... sempre ela, foi até os últimos momentos da vida daquele que seria o mais famoso filho de todos os tempos, provando assim de uma vez por todas que a verdadeira mãe, jamais abandona seu filho.

Maria José... assim como eles foram presenteados por viverem e cuidarem de Jesus criança, adolescente e jovem.

Maria José... somos gratos a Deus por Ele ter nos presenteado com sua presença e o seu jeito todo especial de ser.

Maria José... ativa, preocupada, afobada, amiga, correta, afetuosa, bondosa, carinhosa, brava, responsável, altruísta e que ama o próximo.

Zezé... presente de Deus... para nossa equipe... para sua família... para sua mãe... para o seu marido... seu filho... sua nora... sua neta... irmãs... irmãos... cunhados e cunhadas.

Receba o carinho e gratidão de nossa equipe e o desejo de que Deus continue abençoando sua vida dando porções dobradas de dias, saúde e alegria que a todos encanta.

 Feliz aniversário!!!

domingo, 12 de maio de 2024


MÃES DA SUBGERÊNCIA DE PATRIMÔNIO DA SEDU... PARABÉNS!!!
(A mãe mais jovem e a mais experiente da nossa Subgerência)

Somos uma equipe que faz parte de um grupo maior, mas quero me dirigir especificamente, às meninas da nossa Subgerência.

Nessa equipe temos algumas mães que não irei identificá-las, mas apenas citá-las como protagonistas do dia nomeado como dia das mães. Se você for um bom observador, logo saberá de quem estou falando.

Temos na nossa equipe mãe durona. Daquele tipo que não tolera nenhum deslize nas notas da criança, pois acha que isso vai prejudicar o futuro brilhante que ela terá pela frente ao ingressar numa escola de ensino técnico.

Temos mãe que passa o tempo inteiro pensando no filho: como ele está? Será que foi ao médico? Viajou bem e já chegou, mas ainda não deu notícias! Fico preocupada o tempo inteiro com ele e parece, mas parece que ele vive em outra dimensão.

Tem mãe que aparentemente vive tranquila, é preciso chegar bem perto e conversar longas horas para entender minha fala, mas por dentro é um furacão em forma de uma pessoa dócil e competente, mas vive o tempo inteiro em Vitória com Victoria.

Mas curiosamente temos na nossa equipe, filhas que se tornaram mães daquelas que um dia ofereceram todo cuidado aos seus filhos e filhas. Alguém disse que pela lei natural das coisas os pais vão primeiros, mas como não existe a lei natural das coisas, enquanto temos mães, devemos valorizá-las.

Sou grato a Deus, quando vejo a dedicação (que me toca e emociona) de Zezé para com sua mãezinha querida. Uma mulher que lutou sozinha na criação de vários filhos num local de difícil acesso e que agora recebe o cuidado e carinho da filha. Isso se chama gratidão!

Sou grato a Deus, quando vejo a preocupação de Bruna com sua filha e o quanto tem aprendido a lidar com a adolescência de uma adolescente (totalmente light) que está começando a viver a fase mais empolgante da vida. Isso se chama desejar o melhor para o futuro!

Sou grato a Deus, quando contemplo a dedicação de Roseni com suas meninas as vezes teimosas (mãe e tia) levando-as ao médico, tentando aconselhar (a parte mais difícil) e administrando todas as medicações dos receituários médicos... tarefa bem difícil. Isso se chama cuidado e zelo pelas idosas!

Sou grato a Deus pela vida de Cely, pelo tempo de dedicação a sua saudosa mãe e hoje vive de saudades de um tempo bom e hoje, procura ajudar os parentes de perto e de longe do nosso estado. Isso se chama reconhecimento e gratidão... e muitas saudades.

Sou grato a Deus pela vida de nosso Chefe Matheus por um fato que chamou a minha atenção quando numa conversa informal quando ele disse que liga todos os dias para sua avó para conversar e ouvir histórias (algumas repetidas) há anos, pois sabe o quanto isso é importante para ela.  Isso se chama honrar a quem merece honra.

Minha gratidão... às mães dos meus colegas de trabalho de toda GEAD que se foram, mas deixaram marcas nos filhos que conosco convivem. Hoje, sem dúvidas foi um dia de inúmeras lembranças que trouxeram muitas lágrimas.

Minha gratidão... às mães que vivem e  nos influenciam marcando nossas vidas, dia sim e outro também! São mulheres valentes que se superam para darem aos filhos aquilo que elas nunca possuíram, mas lutam para que eles vão além dos alvos por elas alcançados.

Sou grato por Deus ter me dado uma mãe a quem posso amar, me dedicar e oferecer todo o meu carinho, respeito e gratidão por tudo que ela fez e ainda faz por todos os meus irmãos ao longo dos seus 86 anos de vida. Uma vida dedicada ao esposo, filhos, netos e bisnetos. Obrigado, minha querida mãe!

E como dizia certa poetisa: dá-me uma rosa, enquanto estou viva! Esse tempo de oferecer carinho se chama... hoje... agora.

Feliz dia das mães!!!

 


sexta-feira, 19 de abril de 2024


E o menino virou gente grande...

Era uma quarta-feira no ano 2000, uma manhã bem quente na cidade de Cachoeiro de Itapemirim e havia uma ligeira agitação no seio da família, pois minha irmã mais velha havia saído de casa no meio da noite quando as contrações começaram a ficarem mais fortes e diminuírem os espaços entre uma e outra.

No quarto deitado sorrindo como sempre fazia quando estava nervoso com a possibilidade de bons acontecimentos, estava o meu velho pai “seu Osmani”, na expectativa de se tornar avô mais uma vez e era um misto de colocar as mãos na boca e alisar os seus vastos cabelos, totalmente brancos, mas sem nenhum sinal de calvície. Homem de sorte, diriam alguns.

Em outro espaço da casa estava “Dona” Maria, agitada como de costume, fazendo três ou quatro coisas ao mesmo tempo em que cuidava do café da manhã, vigiava o neto Gabriel, atendia as ligações dos familiares tentando passar informações sobre o trabalho de parto da filha mais velha e ainda dava atenção ao filho mais velho, recém chegado de São José dos Campos. Uma verdadeira luta Hercúlea.

Muitas pessoas podem pensar que a casa estava em polvorosa e desorganizada, mas não era bem assim. Tudo estava ajustado e nos seus devidos lugares e naquele dia só as nossas emoções estavam ligeiramente fora do nosso controle, pois vivíamos a expectativa do nascimento de uma criança do sexo masculino que se chamaria Eduardo, nome escolhido pelo seu irmão que ansiava por um irmãozinho.

Finalmente a grande notícia: nasceu! Foi uma grande alegria e muita comemoração pelo nascimento do pequeno Dudu e logo a notícia se espalhou pelos quatro cantos da capital secreta do mundo e como o telefone fixo estava nos maioria das casas, dificilmente ele parava no “gancho”, os mais experientes entenderão essa fala.

Bem era necessário levar algumas roupinhas de bebê e no alto dos meus quarenta anos, acostumado a fazer o trajeto de minha casa até a rodoviária, correndo com uma mala nas costas, claro que eu seria a pessoa mais indicada para cumprir com a essa fácil tarefa e lá fui lá fui em com os “pés nas costas”.

No hospital quando entrei no quarto e segurei nos meus braços, tive a sensação de agradecer a Deus como Simeão e pedir que aquele menino pudesse trazer alegria à família, sociedade e pessoas com quem ele se relacionasse. E Deus foi infinitamente misericordioso.

A criança, como o mestre Milton Nascimento disse na sua música morro velho, crescia sempre pequenina, correndo pela casa e sempre disposta a tomar atitudes das mais inesperadas que normalmente as crianças tomariam. Fazia a alegria da casa, primeiro aprendendo todas as canções que ouvia no rádio e me lembro bem que ele repetia sem nenhum problema por não saber o significado e a egüinha pocotó, fez um certo sucesso na boca de um menino que subia e descia as escadas que ligavam a sua casa e a dos seus avós.

Ser o irmão e primo mais novo, acaba trazendo algumas desvantagens que normalmente os mais velhos adoram e muitas vezes tive que socorrer os meninos em função de apelidos que ele recebia, chacotas e o famoso “pedala Robinho” que nesse caso consistia apenas num tapa cabeça e confesso que era uma coisa bem chata e normalmente ele não gostava e muitas vinha reclamar com o tio Roberto.

Sou grato a Deus pela vida de Eduardo ou como é chamado simplesmente, Dudu. Isso porque desde cedo, sempre participava das festas dos seus colegas, sito porque era animado e tinha facilidade de fazer amizade com seus coleguinhas de escola. Com o passar do tempo o menino foi crescendo e demonstrando liderança junto às suas turmas tanto no ensino fundamental como no médio.

Sua vida continua sempre em buscas de novos desafios e como era de se esperar daquele menino que cresceu e se transformou num belo jovem, trabalhador e consciente de suas responsabilidades perante sua família e sociedade. Nasceu num dia em que existem muitas comemorações, mas garanto que a mais belas de todas elas é a lembrança e gratidão pelo nascimento de Eduardo Gomes Mariano.

Que o bom Deus continue abençoando sua preciosa vida e lembre-se sempre de que você é amado há muito tempo, bem antes do seu nascimento.

Bjs no coração... feliz aniversário...

É vida que segue!

terça-feira, 31 de outubro de 2023



Ela é boazinha... não se preocupem!

Era um final de semana e aquele esposo todo animado convidou sua amada para passar dois dias no interior do Espírito Santo, numa cidade bucólica em certa região do estado que é muito procurada pelos casais e famílias que desejam curtir as montanhas e tomar um caldo.

Aquele casal contou os dias para torcendo para que a semana passasse bem rápida e na sexta-feira, saíram da capital, Vitória e partiram até a região buscando curtir um bom fim de semana, regado a caldos, vinhos e passeios em pontos turísticos.

A cidade por ser pequena e atrair muita gente, apesar de ficar perto da capital a chegada até o local é muito difícil pois o número de veículos é grande e o trânsito fica impraticável e é necessário que se tenha muita paciência.

Chegaram à pousada, fizeram um check-in, se acomodaram e depois saíram para curtir um pouco da noite para degustar a especialidade de um certo restaurante que é o capelleti de frango, tomar um bom vinho e apreciar às estrelas, chegou o momento de retornar para a pousada.

Perceberam que haviam muitas fotos emolduradas na parede e pelo visto eram antigas de pessoas falecidas. Uma delas chamou a atenção do homem que fez um comentário sobre a figura da mulher na moldura, achando-a feia, esquisita e com um olhar assustador.

Quando chegaram, subiram as escadas que não estavam totalmente iluminadas e a moça da recepção já havia deixado o posto e naquele momento deveria estar com sua família.

Deitaram e o sono chegou e a noite cumpriu o seu papel, foi avançando lentamente com o silêncio que o local proporcionava, até que algo estranho começou acontecer em determinado momento: o homem ouviu um certo barulho que vinha da porta do banheiro.

Ele levantou e percebeu que a porta estava entreaberta e achou estranho, pois não havia inclinação no portal que proporcionasse tal fato e muito menos corrente de ar, uma vez que as janelas estavam fechadas e pelo fato do local ser frio, nenhum ventilador ou ar-condicionado havia sido ligado.

Após fechar e examinar bem a porta, deitou-se novamente e algum tempo depois percebeu que além de um barulho ela novamente estava aberta. O homem ficou arrepiado pois olhava a porta se movimentava num vai e vem, como se alguém a empurrasse.

Mais uma vez de pé, totalmente amedrontado e não querendo acordar sua esposa, foi tremendo até a passagem e a fechou e ao mesmo tempo sentia um vento frio que corria pelo local e a impressão que tinha é de que ele cortava a sua roupa atingindo a sua coluna vertebral. Agora está lacrada, pensava ele.

Deitou-se mais uma vez e conseguiu fechar os olhos e dormiu e aconteceu outro fato que chamou a atenção daquele senhor: a porta novamente se abriu e sem nenhuma explicação a sua esposa foi parar “nos pés da cama” e acordou assustada. Fatos estranhos estavam acontecendo naquele quarto.

A partir daquele momento o casal já não conseguia dormir o único meio que conseguiram passar a noite foi conversando até o dia amanhecer. Foi uma longa noite. Após o café ainda assustado arrumaram seus pertences e foram conversar com a proprietária e expuseram a experiência vivida na noite anterior.

Olharam para uma das fotos das molduras que estavam na parede e receberam a explicação que aquela senhora que ele havia achado estranha, falecerá no local e que segundo a recepcionista de tempos em tempos aconteciam fenômenos que eram atribuídos à senhorinha, mas não era preciso se preocupar que ela é boazinha.

O casal ainda assustado com tudo que haviam vivido na noite anterior saiu do local com aquela última frase da mulher que ser portava como se os acontecimentos tivessem sido algo natural. Ela é boazinha... não se preocupem!

Foram embora e prometeram não voltar naquele lugar tão cedo. Bem essa foi a história que ouvi como verdadeira.

É isso por hoje... é vida que segue!

 

terça-feira, 10 de outubro de 2023





 Verdades sobre o tempo...

Será verdade que o tempo é o senhor que cura todos os males...

Será verdade que o tempo ameniza todas as dores que doem por todo o nosso corpo e nem mesmo conseguimos saber onde dói...

Será verdade que o tempo nos faz acostumar com todas a mazelas que a vida nos oferece...

Será verdade que o tempo vai transformar aquela dor que bate forte no meu peito e que não quer se transformar em saudades...

Será verdade que o tempo trabalha a nosso favor se cada dia que se passa mais sua ausência é sentida...

Será verdade que o tempo trata as nossas profundas feridas abertas em nossa alma pelo sentimento de impotência diante de doenças que destroem nossos corpos...

Será verdade que o tempo sara os traumas que foram abertos em nosso ser pela partida de gente que chegou, sequestrou, partiu e partiu o nosso coração...

Será verdade que o tempo nos faz acostumar com a saudade dos tempos de conversas sérias sobre coisas tolas, bobas, leves pesadas, doidas, sentidas e libertadoras...

Será verdade que o tempo vai suprir sua ausência e a falta que você me faz?

Será verdade que o tempo vai se encarregar de desatar os nós apertados que trago no meu peito?

Será verdade que o tempo vai oferecer alguma centelha de luz para alegrar os lugares tristes insistem em permanecer nas minhas entranhas?

Será verdade que de fato é necessário dar tempo ao tempo?

Se for essa a verdade do sobre o tempo... então está na hora dele cumprir a parte que lhe pertence pois a minha venho cumprindo faz tempo.

É vida que segue...

  Primavera 2023

Roberto Luiz Gomes


terça-feira, 5 de setembro de 2023

O Último Olhar...

O dia anterior fora muito difícil à família que vinha de uma luta implacável contra os resultados de um acidente vascular cerebral que não deu muita trégua e recrudesceu ao longo dos últimos dois anos na vida daquele homem.

Existem fatos que acontecem no interior das famílias que somente algumas pessoas que vivem bem próximas delas, conseguem enxergar as muitas virtudes dos seus componentes.

Ele era um homem bem simples, nasceu num lugar pequeno que ficava às margens da velha estrada de ferro da Leopoldina que ligava Cachoeiro de Itapemirim à capital Vitória, no Espírito Santo, chamado Salgadinho. Não estou falando do cantor e sim de um lugarejo, próximo ao distrito de Soturno.

Cresceu em meio a uma família composta de quatro mulheres e mais um irmão e seus pais foram o seu ‘’Pequetito’’ e Dona Miúda. Seu velho pai, era um contador de histórias e “estórias” e algumas estão bem vivas em minha mente até o dia de hoje. Sua mãe, era uma mulher querida e cuidadosa e que nos deixou bem cedo, mas também marcou minha tenra infância.

Nesse ambiente, o jovem mudou para Rio de Janeiro como estava no tempo do serviço militar foi prestar o seu tempo no exército, retornando depois para Cachoeiro, onde por um tempo trabalhou na viação Itapemirim, lavando os ônibus da empresa que começava a operar no transporte intermunicipal e pouco tempo depois no interestadual. 

Não muito tempo depois surgiu a oportunidade de ingressar na Rede Ferroviária Federal, mais conhecida como Leopoldina. Os dias iniciais não foram fáceis, mas para quem estava acostumado a ficar horas de plantão no exército e lavando ônibus foi se acostumando à nova profissão de ferroviário.

Foram anos de trabalho árduo e para aquele homem, não tinha tempo bom ou ruim, chuva ou sol, calor ou frio, ele sempre estava disposto a enfrentar as intempéries para realizar o seu trabalho.

Ele sempre foi muito responsável com o trabalho e não descuidava em nenhum momento de sua família. Foi um homem que viveu do trabalho para casa e durante toda a sua vida, sempre contou com a ajuda de sua incansável esposa na criação dos seus filhos.

No início dos anos oitenta em mais uma de suas viagens, quando estavam passando por Matilde, distrito de Alfredo Chaves, sentiu-se mal foi levado à Vitória e ficou constatado que sofrera um Acidente Vascular Cerebral, mais conhecido como “derrame”.

Os momentos inicialmente foram bem difíceis. Como ele era um homem forte e que nunca havia faltado a um dia de trabalho, ficar preso a um leito de hospital com um lado do seu corpo paralisado, foi muito duro para ele e toda família. Como a vida é feita de recomeço, ele aprendeu a viver com algumas limitações e assim o fez durante vinte e quatro anos.

Nos dois últimos anos de vida, sua saúde foi fragilizada e ele ficou praticamente os meses de novembro e dezembro do ano de 2004, no hospital e houve um revezamento dos filhos durante aquelas longas noites.

No dia 24 de dezembro, foi a noite do seu filho mais velho ficar no hospital e uma das cenas que marcaram aquela noite foi justamente o olhar pelas janelas do quarto do Hospital Evangélico e os fogos de artifícios que estouraram à meia noite anunciando o Natal.

Era um olhar no céu contemplando as estrelas e o brilho dos fogos e outro olhar numa cama com um homem que respirava com dificuldades e num profundo sofrimento, mas com o olhar sereno. O tempo foi passando bem devagar, pois parecia querer estender a noite, para que ele ficasse mais algum tempo com alguém de sua família.

A madrugada se foi, e bem cedinho às 05h da manhã, após uma longa batalha, os olhares entre pai e filho se cruzaram, era uma espécie de olhar gentil... reconfortante... e de despedida. Esta foi a última vez que eu vi meu querido e amado pai Osmani Gomes.

O último olhar que guardarei sempre na minha lembrança... um momento que estará para sempre no meu coração. Sou grato a Deus pelo pai que tive. Um homem simples, trabalhador, dedicado à família... um homem bom. Essa é a melhor definição que tenho daquele grande homem.

Se estivesse conosco hoje, completaria 93 anos, mas somos profundamente gratos a Deus pelos anos que vivemos juntos e por todas as lições que aprendemos. Agradeço a Deus por ter celebrado o seu batismo. Sou grato pelas lembranças que permanecerão em minha vida para sempre.

Com carinho...


domingo, 20 de agosto de 2023

Em tudo dai graças...

Sou grato a Deus... por mais um ano de vida. Vencer mais uma etapa não foi nada fácil, mas aqui estou para agradecer.

Sou grato a Deus... pelos meus queridos pais. O sr. Osmani Gomes (in memória), homem bom e de uma paciência e que sempre falava baixo e não me lembro dele ter ralhado com qualquer um de nós. Minha mãe, sra. Maria Gomes, sempre foi uma mulher de múltiplas ações. Sempre dedicada aos filhos, administrava à casa com sabedoria e não deixava de cumprir com o ministério do rol de bebês da Igreja de Aquidabã. 

Sou grato a Deus... sou grato a Deus pelos saudosos avós. Foram pessoas que nos ensinavam sobre um mundo diferente da realidade que vivíamos na capital secreta do mundo, devo confessar que um dos meus avós gostavam de fantasiar por demais as histórias e depois que gente cresce descobre que não era bem assim. Rsrs

Sou grato a Deus... pelos amados irmãos. Do convívio com meus irmãos, gosto sempre falar tivemos uma infância do tipo que aprontavam, brigavam e via de regras algumas vezes, não muitas, fomos corrigidos com uma bela vara de goiaba.

Sou grato a Deus... pelos meus tios e tias. Tive o prazer de conviver com muitos deles na minha infância e sem dúvidas carrego na minha memória e coração lembranças que dariam um livro.

Sou grato a Deus... pelos meus primos e primas. Faço parte de uma grande família que as idades são bem próximas e apesar de existir pensamentos diametralmente opostos nos respeitamos e somos amigos.  

Sou grato a Deus... pelos meus sobrinhos e sobrinhas. Fico encantado quando vejo os outrora pirralhos, alguns chorões e outros espertos além da conta, jovens casados, com filhos e cuidado de suas vidas. Conviver e conversar com esses jovens me ajuda a entender um pouco essa galera.

Sou grato a Deus... pelos meus amigos. Tive uma infância, adolescência e juventude muito dinâmica. Aprontamos muito e disso tudo tenho muitas histórias engraçadas, encrencas típicas de adolescentes e momentos difíceis que só reforçaram a nossa amizade.

Sou grato a Deus... pelas Igreja que pastoreei. Tenho certeza plena de que marquei vidas, porém o impacto que todas elas no seu tempo exerceram sobre minha vida ficarão gravadas para sempre no meu coração.

Sou grato a Deus... pelo meu trabalho. Considero importante reconhecer a importância dos meus colegas de trabalho de hoje e os de ontem, pois todos eles foram e são importantes na minha formação profissional.

Sou grato a Deus... pela minha aposentadoria. Foram tempos duros e difíceis, mas em tudo e por todo os momentos o Deus foi bondoso me sustentando nas minhas diversas jornadas de trabalho por várias partes desse nosso Brasil e o privilégio que tiver de servir como missionário no Continente Africano.

Sou grato a Deus... pelas pessoas queridas que passaram pela minha vida. Os últimos trezentos e sessenta e cinco dias, não forma muito fáceis. Algumas pessoas queridas (Néri Barreto e Dorca Machado Silveira), foram para os braços do Pai e não posso deixar de agradecer por tudo que pude aprender com essas duas vidas.

Sou grato a Deus... por esse tempo. Por saber que cada dia, semana, mês e ano Ele continua fiel, no seu amor, cuidado e tratando da minha vida, minhas emoções com o mesmo amor e como Paulo fala em II Cor. 5:14, num outro contexto e tomo a liberdade de usar a ideia aqui, “pois o amor de Cristo me constrange”, pois não compreendo o que fiz, para merecer tão grande amor.

Sou grato a Deus... por mais um ano. Foram dias de aprendizado e como diz o poeta: “a vida é uma escola e o tempo o professor, onde alguns são sábios, porém até hoje ninguém se formou...” por isso prossigo na escola da vida, pois sinto que ainda tenho muito que aprender, conquistar e continuar deixando Deus escrever a história que Ele tem para minha vida.

Sou grato a Deus... por sua vida. Obrigado por ter tirado um pouco do seu precioso tempo para me acompanhar nas minhas palavras de gratidão

A Deus toda honra e glória.