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sábado, 20 de agosto de 2022


O hábito de viver dando graças...

 Sou grato a Deus

… por ter nascido no mês de agosto...

… por conhecer pessoas que nasceram nesse mês e quero destacar algumas, e já peço desculpas àqueles que não figurarem nessa lista.

Sou grato a Deus

… pela vida da minha tia Laurinda, por sua garra e força de vontade de lutar, mesmo diante das surpresas inevitáveis que a vida nos oferece. Tia Laurinda, Mulher Guerreira.

Sou grato a Deus

… pela vida de Ary Osvaldo, primo que por uma pequena diferença de horas quase abre os olhos no mesmo dia que abri os meus. Ary Osvaldo, homem que tem se reinventado ao longo da vida!

Sou grato a Deus

… pela vida da irmã Nilza Mendes, missionária da nossa Junta de Missões Nacionais. Tão logo descobri que nasceu no mesmo dia, coloquei-me a orar pelo seu trabalho missionário. Nilza, mulher pronta para ajudar a qualquer hora!

Sou grato a Deus

… pela vida da professora, pedagoga e conselheira Edna Moraes. Pessoa que foi importante na minha vida de magistério, pois caminhou comigo nos meus primeiros meses de trabalho, aconselhando-me. Edna, mulher sábia e generosa!

Sou grato a Deus

,,, pela vida de Nelly Barreto, mãe, irmã, tia, conselheira, ajudadora e piedosa. Nelly, anjo que tem se vestido de gente como a gente, mas tem o coração do tamanho de todas as pessoas que dela se aproximam!

Sou grato a Deus pela vida de todos os aniversariantes desse mês!

Sou grato a Deus

… pelas experiências difíceis que vivi ao longo dos últimos 365 dias, com perdas de amigos, parentes, vizinhos, mas que fizeram com que eu me tornasse um ser humano mais forte!

Sou grato a Deus

… pelas perdas pessoais que me ensinaram a ser um ser humano melhor, mesmo em meio aos sofrimentos da vida!

Sou grato a Deus

… pelo meu trabalho que, por vezes, é cansativo e desgastante. Porém, de maneira quase mágica, tudo desaparece a cada viagem que faço. E a cada viagem, tenho aprendido com as pessoas que encontro nos lugares mais distantes do meu querido estado!

Sou grato a Deus

…pelos meus amigos que trago guardados no meu coração, com muito carinho. Alguns com o pensamento diametralmente oposto ao meu em termos de religião, futebol, política e costumes... mas são meus amigos!

Sou grato a Deus

… por minha igreja e pela forma como fui acolhido. Tenho o prazer de ser liderado por um amigo do seminário, Pastor Marques Xavier. Tenho a alegria de ministrar as lições da EBD com Leci, a pessoa que tem o sorriso mais espontâneo que conheço! Não me canso de agradecer a Deus por esses mimos que Ele tem me proporcionado! Sou um homem feliz!

Sou grato a Deus

… pela minha amiga Néri Barreto, que tem o dom de fazer perguntas e muitas delas ficam sem respostas, pois as vezes me falta o dom da resposta. Ainda ficarei bom nesse negócio de respostas!

Sou grato a Deus

… pela minha família (irmãos, irmãs, sobrinhos e sobrinhas), pois nela encontro o meu porto seguro e sei que é o local para onde posso voltar quando a saudade apertar. Obrigado Maria da Penha Silva Gomes, tenho o maior orgulho de ser seu filho.  Você tem sido uma inspiração!

Sou grato a Deus

… pela alegria de viver o “hoje” da minha vida, pois não sei se haverá um amanhã e então, se é para ser feliz, que seja hoje!

Sou grato a Deus

… pelo carinho que tenho recebido das pessoas com quem convivo: meus colegas de trabalho, desde aquele que faz o café ou varre a sala até os meus superiores. 

Sou grato a Deus

… porque hoje, 20 de agosto, é tempo de comemorar a vida com toda a intensidade! Comemorar porque hoje” temos uns aos outros! Então, vamos nos alegrar e regozijar no Senhor.

Sou grato a Deus

… porque Ele tem me ensinado a contar os meus dias e estou batalhando com todas as forças do meu ser para alcançar um coração sábio.

A Deus demos glórias... pelas bênçãos sem fim!

Muito obrigado a todos...É isso por hoje... é vida que segue!!!



 

sábado, 13 de agosto de 2022


LEMBRANÇAS DE UM HOMEM BOM

Cada um de nós tem uma história que fica guardada na nossa memória afetiva. Mesmo que o tempo passe, ao ouvirmos uma música de nossa infância, somos transportados a lugares que pareciam ter desaparecido de nossa vida, mas eles estão lá, guardados.

Se eu te pedisse para me falar de algum fato marcante do seu tempo da meninice, tenho certeza que você teria boas histórias para contar.

Quem não se lembra com carinho da visita dos avós? Saber que eles viriam nos visitar, já era suficiente para nos sentirmos felizes, mas o momento da partida nos entristecia profundamente. Quanta saudade!

Como o tempo era gracioso, pois encontrávamos espaços durante o dia para frequentarmos a escola com professores carinhosos, salvo raras exceções, e após sofrer várias espécies de “bullying”, voltávamos para casa alegres. Quando o dia era chuvoso, passávamos debaixo de todas as bicas de água fazendo uma festa que não deixava nossas mães nada satisfeitas.

Ainda tenho um fato curioso e bem perigoso gravado na minha memória. Meu pai trabalhava na Rede Ferroviária e sempre que sua escala de trabalho era na velha estação da Leopoldina, minha mãe me pedia para que levasse o almoço dele.

Certa vez, depois de entregar o almoço do meu saudoso pai, fiquei observando os trabalhadores fazendo manobras no trem para que os vagões ficassem alinhados e seguissem viagem para Vitória, Campos, Rio de Janeiro ou mesmo à fábrica de Cimento Nassau.

Depois de muito observar, tive uma belíssima ideia: pegar carona no trem, porque me parecia muito divertido. Esperei o momento exato e quando o vagão veio, aproveitei, segurei firme no corrimão da composição de passageiro e senti um vento suave nas minhas costas, essa sensação me deixou muito feliz.

Entretanto, quando percebi que o trem ganhava velocidade, senti necessidade de desembarcar. Essa decisão teria que ser rápida, caso contrário, não mais conseguiria.

Tomada a decisão de descer, imediatamente soltei minhas mãos, mas em nenhum momento considerei que haviam “dormentes”, aquelas madeiras que seguravam os trilhos e nem mesmo a chave que mudava a direção dos trens. Sem pensar em nada, quando percebi, caí sentado em cima dessa chave e se eu não tivesse segurado firme com todas as minhas forças, teria rodopiado e caído bem entre os trilhos e debaixo das rodas do vagão.

Após empregar uma força descomunal, minha primeira atitude foi olhar para os lados para ver se alguém havia presenciado a cena e para minha tristeza, havia um colega do meu pai que viu e disse: - Vou contar tudo para o seu pai, moleque! Ouvi aquilo com muita tristeza, pois não poderia respondê-lo por estar totalmente sem razão.

Voltei para casa com um profundo sentimento de arrependimento e com mãos e braços doídos, sem falar na pancada que levei no bumbum, caindo com todo o meu peso de costas. Qual seria a reação do meu pai ao saber que o Robertinho havia aprontado uma peraltice que poderia ter lhe tirado a vida ou torná-lo uma criança sem alguns dos seus membros?

Enfim, entardeceu! Finalmente, meu pai chegou em casa e claro que eu não disse nada à mamãe, pois a conversa seria diferente. Ele chegou, me chamou à sala e disse: - Sente-se aqui, meu filho. Sentei e preparei-me para o pior.

Ele começou a falar: – Todos os dias saio de casa as madrugadas, viajo por essas estradas de ferro perigosas, arriscando minha vida para dar o melhor para vocês. Enfrento descer e subir do trem, pois essa e a minha profissão.  Você não trabalha na Rede Ferroviária e não pode arriscar a sua vida. Já imaginou se você tivesse caído entre as rodas do trem? Como seria sua vida?

Ouvi àquelas ponderações de um homem que em momento algum mudou o seu tom de voz. Papai me falou com firmeza, carinho e ternura. Fiquei tão envergonhado e ao mesmo tempo aliviado porque algo pior não aconteceu.  Prometi ao meu pai que nunca mais faria aquilo. E, realmente, não fiz.

Qual foi o segredo do sucesso daquela conversa? Um papo sem raiva e acima de tudo, que me trouxe à responsabilidade, mesmo sendo um pré-adolescente ávido por uma aventura de menino. Meu pai foi um grande mestre e me ensinou uma preciosa lição: vale a pena obedecer!

Por essa atitude e muitas outras, sempre guardamos no nosso coração a lembrança de nosso pai como um homem bom. De alguém que tirava a roupa do seu corpo, comida da boca para nos dar. Homem sábio que era, apesar do cansaço, sempre reservava tempo para sair conosco quando vivíamos nossa primeira infância.

Quero aproveitar para homenagear a todos os pais nesse dia e desejar que Deus a todos abençoe!  Que um dia também possam ser lembrados como homens bons que não mediram esforços para demonstrar amor aos seus filhos.

É isso por hoje... é vida que segue cheia de saudades!