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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022



Histórias de vidas numa caneca de chá!

Todos nós, de um modo geral, gostamos de ganhar presentes e algumas pessoas gostam tanto da lembrança, que por hábito, acabam guardando-a, sem utilizá-la por um bom tempo.

Sempre gostei de canecas e comecei uma bela coleção durante alguns anos, coleção esta que relembrava um pouco dos lugares por onde passei e alguns presentes dos amigos.

Na caneca em tela, aproveitando um termo usado nos processos das repartições públicas, encontraremos várias fotos que serão alvo de algumas crônicas ao longo das próximas semanas.

A primeira foto, reporta ao ano de 2017, quando estive no Brasil por ocasião do Congresso do PEPE Internacional. Antes da programação iniciar, tive a grata surpresa de reencontrar Néri, amiga que a gente guarda do lado esquerdo do peito para sempre.

Em 1982, ano que o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil fervilhava de alunos e mais parecia uma cidade sem comércio, chegou mais duas turmas para iniciarem os cursos de música sacra e teologia.

Num dos dois grandes grupos, estava uma jovem bem tímida, chamada Néri, vinda diretamente de Realengo para cumprir seus quatro anos no curso de música sacra.

Naquela época, eu passava maior parte do meu tempo no Centro de História Viva dos Batistas Brasileiros, ora estudava, ora cumpria  os trabalhos exigidos pelos professores.

Certo dia, entraram algumas moças naquele recinto e começaram a indagar sobre o trabalho que era feito naquela espécie de calabouço e entre essas jovens estava Néri. Mesmo diante de minha timidez, começava ali, uma grande amizade.

O tempo passou, conclui meu curso e continuei trabalhando no STBSB e assim que ela terminou o curso de música em 1985, seguiu o seu caminho dedicando-se à música e também a fonoaudiologia, tornando-se pós-graduada  nessa área.

Muitos corais e crianças foram cuidadas e devidamente tratadas, com todo o carinho, por essa amiga querida. Convém dizer que, após sua formatura no STBSB, nos encontramos apenas uma vez na Convenção Batista Brasileira, que aconteceu no Centro de Convenção na Barra da Tijuca.

Tenho uma amiga que sempre diz que amigo é aquele que você pode ficar anos sem ver e quando se encontram dizem: “oi, amigo que bom te rever!”. Foi assim, reencontrei minha amiga e iniciamos uma conversa praticamente de onde paramos na última vez que havíamos nos encontrado.

Néri, é uma dessas pessoas que ajudam nossa vida a se tornar mais leve pela maneira tranquila como leva a sua vida, apesar de todos os reveses que a vida, às vezes, oferece.

Néri, é alguém que consegue enxergar os conflitos das relações de uma forma cristalina e consegue separar os interesses reais e chegar ao centro do problema e sempre está disposta a trabalhar pela solução e não pela extensão do conflito.

Néri, é especial! Sua sensibilidade, particularmente, me faz desejar que o mundo fosse povoado de pessoas com a bondade e o desejo de uma sociedade melhor, algo que ela carrega em seu coração e mostra através das suas atitudes.

Néri, é uma amiga que sempre procura mostrar as possibilidades das situações que parecem não haver mais esperança, sempre mirando de maneira inequívoca, o autor e consumador da nossa fé.

Néri, é uma dessas amigas que nos jogam para cima, seja lendo, corrigindo e sugerindo os meus textos, bem como indicando pessoas que podem acrescentar elementos novos aos meus sonhos de realização ministerial.

Néri! Sou grato a Deus por sua vida e saiba que necessitaria de muitas outras canecas de chá para falar da minha gratidão e o apreço que tenho por sua vida.

Obrigado pela caneca, que me faz lembrar várias histórias de vida... Vamos continuar tomando o nosso chá, café ou água, recordando os nossos encontros do dia a dia.

É isso por hoje! É  vida que segue...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022


Viva a Compaixão

Na segunda-feira, dia (10) dez, foi o lançamento da Campanha de Missões Mundiais e como sou suspeito para falar sobre o assunto, me senti extremamente tocado com tudo que vi e ouvi. Devo confessar, amei o culto e quero parabenizar nossa querida Junta de Missões Mundiais pelo programa leve, gostoso e objetivo.

Um outro fato que me trouxe muita alegria foi o tema da Campanha para esse ano: Viva a Compaixão. É profundamente oportuno, pois trata de um assunto que, a meu ver, vem preencher uma lacuna nas nossas igrejas e consequentemente em nossas vidas.

Viver a compaixão tem vários significados e quero compartilhar alguns deles nesta reflexão. Compaixão é o sentimento de piedade com o sofrimento alheio. Vivemos um tempo no qual pouco nos preocupamos com o sofrimento do outro.

Lembro-me daquela mulher apanhada em adultério e que fora colocada diante do Mestre, foi perdoada por Ele. João 7:53; 8:1-11

Viver a compaixão tem a ver com a nossa identificação com as pessoas que são infelizes em sua maneira de viver por experiências que marcaram ou ainda marcam sua existência.

Gosto do encontro de Jesus com a mulher à beira do poço que teve vários homens na vida. Era infeliz, mas quando encontra Jesus, sua vida é totalmente transformada. João 4: 1-30.

Viver a compaixão, tem a ver com o sentir com o outro o momento de pesar causado pelas tristezas que experimentam em determinadas ocasiões da vida. Estamos vivendo tempos difíceis em função das nossas perdas nesta pandemia.

Vem ao meu coração, Jesus usando de compaixão junto à família de Lázaro.  Ele chorou com Marta e Maria, suas irmãs. Ele se identifica com o nosso pesar, preciso aprender a me identificar com o pesar do outro. João 11: 1-44.

Viver a compaixão tem a ver com a ideia de olharmos as necessidades materiais do outro com empatia e sem questionamentos.

Quando a multidão que andava atrás do Mestre, ao lado do mar da Galileia e os discípulos quiseram dispersá-las, Jesus não teve nenhuma dúvida em realizar a multiplicação dos pães atendendo a necessidade de alimento. João 6: 1-15. Assim acontece com milhares de pessoas no Brasil e no mundo que precisam do pão de cada dia nesse nosso tempo.

Viver a compaixão tem a ver com olhar os nossos irmãos, amigos e o mundo que nos cerca de forma diferente. Em João 9: 35, encontramos Jesus observando as multidões. O olhar de Jesus era totalmente diferente, pois Ele não estava simplesmente com o olhar na Palestina do seu tempo, mas sim atravessando o “túnel do tempo” e chegando aos nossos dias com a mesma ternura.

Senhor, abra os nossos olhos!

Viver a compaixão, a cada dia, é dever de cada um de nós, independente do nosso credo e convicções religiosas. A vida e exemplos de Jesus precisam ser a nossa meta.

Vivamos a compaixão!

domingo, 9 de janeiro de 2022


Em Busca da Infância Perdida

Em busca da infância perdida é um projeto que visa resgatar a importância da criança num contexto em que a sociedade, o poder público e as instituições têm ignorado o grito vindo de um grupo que está se perdendo, mesmo antes de se entender como sujeito de direitos, diante da violência comum em nosso país.

O projeto tem como objetivo dar suporte aos pais, professores, educadores sociais e a todas as pessoas que trabalham com ministério infantil.

Buscar a infância perdida tem como base trabalhar valores que foram esquecidos por uma coletividade que tem muita pressa em ler o último post das redes sociais de crianças brutalmente assassinadas, violentadas ou abusadas, sem se preocupar com pequenas ações que poderiam evitar tamanhas tragédias.

A proposta do projeto é dar suporte através de cursos teóricos/práticos sobre a importância do desenvolvimento infantil; trabalhar a compreensão de como a criança aprende; o trabalho lúdico e as brincadeiras para o estímulo motor e a relevância da contação de histórias que ajudará na imaginação e aprimoramento das funções cognitivas e dará oportunidade aos responsáveis de atuarem com ferramentas apropriadas que ajudarão no resgate dessa criança.

Em Lucas 2:52, encontramos que “Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.” Toda criança no seu desenvolvimento deve evoluir, amadurecer e crescer, a exemplo de Jesus, mas necessita ter uma base sólida para que esse crescimento seja harmonioso.

O caminho pode parecer longo, mas temos urgência de correr contra o tempo, pois estamos perdendo tempo e nossas crianças estão perdendo suas vidas.