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terça-feira, 30 de março de 2021

Crônica do final de semana...

 


Aos mestres e mestras, com carinho...

Era uma bela quinta-feira, daquelas quentes, apesar de morar num lugar bucólico, encravado no coração da Tijuca cheguei no Centro de História Viva dos Batistas Brasileiros, para trabalhar com os meus papéis, fotos e gravações e alfarrábios, quando recebi o aviso do Prof.
Israel Belo de Azevedo
: ”Diretor/Prof. Erotildes Malta Nascimento quer falar com você”.
Recebi o comunicado bem desconfiado, mas tive a coragem de perguntar: “Você sabe qual o assunto, Israel?” E ele me respondeu: “Ele quer saber se você gostaria de trabalhar como professor de ensino religioso, considerando que você gosta de fazer atividades com jovens, por isso indiquei o seu nome.” Claro que senti uma sensação gelada percorrendo todo meu espirito, desde o dedo do meu pé até o último fio dos meus muitos cabelos na época. kkk
Fui até o Colégio Batista Shepard, cheio de coragem, conversei com o Diretor e ele forneceu-me um calhamaço de papéis que eu deveria ler na quinta-feira, na parte da tarde, para responder na sexta-feira, pela manhã.
Na sexta-feira, lá estava eu, depois de fazer a leitura da metade dos documentos, resolvi aceitar o desafio de assumir as salas de ensino religioso na semana seguinte, e o início seria justamente na segunda-feira. Deram-me um livro de histórias bíblicas e cheio de coragem, passei um final de semana pensando como seria minha estréia como professor.
Na segunda, bem cedo estava eu diante da minha primeira turma de quinta série, posso dizer que a aula, foi menos sofrida do que eu esperava, considerando que os alunos e alunas foram piedosos com o novo professor.
Quando soou o sinal para a segunda aula, tive a surpresa de saber que seria no auditório e que contaria com a presença da professora Magali que tocaria o teclado para as três turmas de quarta séries no local. Pensem... num grupo de 105 alunos, pulando pelas cadeiras, brincando, gritando, fazendo a maior algazarra. Eles queriam qualquer coisa, menos ouvir histórias bíblicas ou cantar corretamente, ou melhor, no estilo de um professor, contra todos.
Foi um dos meus maiores desafios vencer meu primeiro ano no Colégio Batista Shepard, e confesso que tinha uma turma de oitava série, que quando chegava na quarta-feira à noite, meu coração disparava ao saber que teria que enfrentá-los na quinta, pela manhã.
Sou grato a muitas pessoas, entre elas a professora
Edna Moraes Moraes
que me aconselhava e dizia: “Professor Roberto, aluno é assim mesmo, ele questiona, mas no final ele acaba se acostumando. Dito e feito, assim foi!!!
Foram dez anos no Colégio Batista, no Rio de Janeiro, onde aprendi com pessoas de saudosa memória, como o Diretor/Prof. Erotildes Malta Nascimento, grande educador, que acreditou no meu potencial e me deu uma oportunidade de ouro. Também sou grato ao Prof. Israel Belo de Azevedo, amigo que me indicou para esta tarefa que abriu as portas, para que eu tivesse uma vida dedicada à educação.
A partir do Colégio Batista Rio, dediquei-me à educação pública atuando em superintendências, escolas, órgão central e morei um tempo maravilhoso na África, passando pelo Senegal e atuando no Togo, país do meu coração e aproveito para prestar minha homenagem fotográfica dos nossos pepitos e das madames Louange,
Genevieve Ountchou
e mademoiselle
Clémentine Dogo
, missionárias educadoras do primeiro Pepe em terras Togolesas.
Agradeço aos meus amigos e amigas professores da Equipe de Capelania, liderada pelo Pastor Paulo Roberto Sória, pessoa que tenho em altíssima estima, e parafraseando um certo técnico de futebol, posso dizer que : “
Pastor Soria Soria
é pastor, pastor, e pastor... simples assim!!!!
Quantos aos meus primeiros alunos, não posso deixar de agradecê-los pela paciência nos primeiros dias, e também pelo carinho dos últimos dias naquela instituição e pelas homenagens recebidas do Colégio Batista Shepard.
Aos mestres e mestras, todo meu carinho!!!!...

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