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quarta-feira, 12 de março de 2025


       

ATÉ QUANDO SEREMOS REFÉNS DE TANTA VIOLÊNCIA?
(Reflexões sobre a morte de Carla Gobbi Fabrete)

Carla... tinha 25 anos e estava começando a vida!

Ela... nascida em São Gabriel da Palha, cidade que fica a Noroeste do Espirito Santo!

Carla... saiu de casa para o trabalho e deixou sua filha na esperança de encontrá-la mais tarde!

Ela...já havia vencido mais de dois terços do seu dia de trabalho!

Carla... recebeu os clientes da loja como fazia todos os dias!

Ela... atendeu seu algoz com muita atenção como sempre tratava as pessoas!

Carla... foi enganada e encurralada por aquele ser que me deixa em dúvida se era humano, como nunca havia acontecido!

Ela... foi atacada, covardemente esfaqueada e cruelmente assassinada de uma forma difícil de ser imaginada!

Carla... juntou todas as forças para sobreviver como nunca havia resistido!

Ela... lutou com a vida e pela vida por quase 24 horas, mas perdeu a vida aos 25 anos de idade!

Carla... deixou filha, marido, parentes, amigos, amigas, colegas de trabalho e toda sociedade desolada.

Ela... deixou com sua morte um ar de incredulidade na possibilidade da existência de bondade na espécie humana!

Carla... foi mais uma vítima das inúmeras neuroses e doenças que a sociedade vem enfrentando sem esperança de recuperação da saúde emocional!

Ela... com sua morte prematura consternou a cidade, estado e nos faz refletir sobre o que estamos fazendo com as nossas vidas!

As muitas Carlas, Fernandas, Vitórias, Antônias, Marias e outras mulheres que morrem todos os dias em nossas cidades, estado e país. Algumas vítimas de namorados e maridos ciumentos e possessivos e outras escolhidas aleatoriamente por gente insana e doente!

Nesse dia e nos próximos anos, desejo que Deus conforte os corações de todos os familiares e filha que um dia entenderá, mas agora vai sofrer muito sem entender a falta que a mãe fará.

Desejo ainda que Deus dê sobre nós o sopro da conscientização e senso de humanidade pois a impressão que temos e que a cada dia estamos perdendo a sensibilidade de seres humanos e caminhando a passos largos para a condição de coisa.  

Desejo ainda que o sol da justiça e favor divino, possa entrar derramando amor e respeito ao próximo nos nossos olhos claros de morte.

Carla, descanse em paz!


Um comentário:

  1. Triste demais, mas infelizmente é só mais um número na nossa triste e macabra estatística.

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