Histórias de vidas numa caneca de chá!
Existem
eventos que acontecem em nossas vidas que não entendemos muito bem no momento
que estamos a experimentá-los.
Minha
história como educador começou quase que sem querer, mas sobre isso falarei
depois. Fui indicado pelo amigo Israel Belo ao professor Erotildes Malta
Nascimento, então diretor do Colégio Batista Shepard.
Depois
de um ano de trabalho ao melhor estilo do filme “Ao mestre com carinho”,
comecei a “pegar o tempo do aluno'', tese que defendo, fiquei apaixonado e me
entreguei de corpo e alma à minha vocação.
No
meu segundo ano como professor de educação cristã, decidi fazer pedagogia e essa
decisão foi um divisor de águas na minha vida. Durante o meu curso, comecei a
sentir um desejo de trabalhar no serviço público, prestei concurso e realizei
mais um sonho.
Meu
início no serviço público foi nos anos 90, precisamente no ano de 1995. Foi um
início bem difícil, mas sobrevivi a ponto de poder contar esta história.
Em
2005, fui transferido da SRE – Superintendência Regional de Educação Cachoeiro
à SEDU – Secretaria de Estado da Educação, em Vitória, para trabalhar na
Gerência de Ensino Médio e tive o prazer de conhecer minha colega de trabalho
que mais tarde se tornaria minha gerente, Ana Eremita Bravim Ribeiro.
Naquele
tempo o ritmo de trabalho era bem diferente! Havia muito o que fazer e a nossa
equipe era bem pequena. Isso fez com que nossa amizade se solidificasse.
O
tempo passou e assumi a gerência de educação básica. Via de regra, conversava
muito com a Ana, buscando soluções para questões que se apresentavam e
normalmente de difícil solução.
Assumi
a SRE Vila Velha, como Superintendente, num tempo de inúmeras dificuldades.
Trabalhava o dia inteiro e no final do dia, chegava na Secretaria e sentava com
Ana para despachar processos de Designações Temporárias, administrativos e
pedagógicos e saíamos por volta das 21 horas, porém com todo trabalho pronto.
Tão
logo saí de Vila Velha, cheguei na Gerência de Apoio Escolar, para trabalhar
diretamente com minha amiga. Foi um tempo de terceirização da alimentação e
pude ver de perto a força de trabalho dela. Foram mais dois anos e meio de
andanças pelo meu estado que conheço com a palma de minha mão.
Quando
saí de licença e fiquei três anos fora do Brasil, precisei de alguém que
cuidasse da minha vida funcional e tenho certeza de que você deve imaginar quem
foi: Ana Eremita Bravim Ribeiro
Ana
é uma amiga autêntica que procura sempre dizer a verdade, ainda que as palavras
possam doer no momento, mas ela está sempre ao seu lado para o que for preciso.
Ana
é uma espécie de memória ambulante da Secretaria de Educação. Sabe informar e
falar praticamente de tudo, mas nunca se apossou do seu conhecimento sem
compartilhar com os seus pares.
Ana
é uma pessoa que sempre trabalha para fazer o que é correto no serviço público.
Sempre tratou o bem público com extrema responsabilidade.
Ana
é uma funcionária exemplar! Nunca utilizou os muitos cargos que ocupou como
servidora para benefício próprio. Pelo contrário, seu desprendimento aos
títulos, sempre foi algo que marcou a sua vida na rede pública.
Ana
é uma pessoa com quem é possível sentar, sorrir, chorar, lamentar, levantar e ir
à luta com a força, com a confiança de uma criança que salta no escuro no colo
do seu pai.
Ana,
mulher, mãe, tia, irmã, amiga e avó é uma dessas muitas mulheres numa só que se
desdobra para oferecer o melhor aos seus entes queridos no seu dia a dia.
Ana,
foi um grande prazer participar contigo em várias jornadas, algumas consideradas
loucuras, para o bem daquelas crianças que ficam lá na ponta, naquela escolinha
que poucas pessoas sabem que existe, mas o tempo inteiro foram valorizadas.
No
meu coração passa um misto de tristeza e felicidade. Tristeza, pois não teremos
mais as nossas reuniões e esclarecimentos no nosso café com trabalho da tarde.
Alegria, pois você terá mais tempo para passar com sua família e netos, passear
com o esposo e viver num lugar para lá de agradável.
Meu
desejo, como amigo, é que Deus continue abençoando a sua vida e iluminando-a
por onde quer você passar e concluo com a benção Araônica: “Que o Senhor te
abençoe e te guarde, que faça resplandecer o seu rosto ti e tenha misericórdia
de ti, que o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz”.
É
isso por hoje... com o coração apertado a vida precisa seguir.
Que lindo!!
ResponderExcluirMuito bom, o reconhecimento ainda que em última instância, .as é oportuno que seja realizado em tempo de ser curtido.
ResponderExcluirParabéns meu amigo!!!
Mas
ResponderExcluirDeus abençoe!!!!
ResponderExcluirAmei, que lindo!!!! 👏👏👏
ResponderExcluirLindas palavras e muito verdadeiras 👏👏
ResponderExcluirDeus o abençõe.
ResponderExcluirCom um misto de carinho,afeto e gratidão.
ResponderExcluirQue lindo Roberto, hj que deu pra ler com calma.. Realmente a Ana foi uma enorme referência,uma mulher guerreira...nunca vou esquecer o q ela fez por mim e por todos com o seu jeito transparente de ser, uma memória viva de tudo.. que Deus abençoe ela com muita saúde e que possa desfrutar junto com aos seus familiares,e nunca vou esquecer de tantas coisas ela precisou se obdicar. Roberto vc também é uma referência viva de tudo..
ResponderExcluirSem dúvidas você é um colecionador de amigos!!!Dona Ana deve está muito orgulhosa de ter feito parte de sua história.
ResponderExcluirQue lindo!
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