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sábado, 23 de outubro de 2021


Senhor, manda fogo do céu...


Nos idos dos anos 80, os jovens da Igreja Batista do Aquidabã aceitaram o desafio de fazer um intercâmbio com a Primeira Igreja Batista em Ipatinga, no estado vizinho de Minas Gerais.


Saímos de Cachoeiro na sexta-feira, no final da noite. Uma longa viagem até o Vale do Aço nos esperava. Um grupo foi de ônibus, outro de Kombi e recordo-me bem do local em que sentei, no segundo veículo, para enfrentar 7 (sete) horas de jornada.


Chegando à cidade de Ipatinga, passamos pelos rituais de boas-vindas e apresentação das famílias anfitriãs. Foi uma bela recepção!


Na parte da tarde, um grupo saiu para conhecer a cidade, enquanto o outro se preparava para o culto da noite. Claro que fiquei no segundo grupo!


A proposta para o culto noturno era maravilhosa: um grupo encenaria Elias, no monte Carmelo. Caso você não se recorde, essa é a história do homem de Deus, Elias, que desafiou os 450 (quatrocentos e cinquenta) profetas de Baal (I Reis 18.16-46).


Foi uma bela apresentação dos jovens artistas de Aquidabã no salão da igreja local. Confesso que fiquei impressionado com a performance do grupo. Eles foram demais!!!


Conforme o relato bíblico, os atores e profetas de Baal oravam e nada acontecia. Então, chegou o momento do profeta Elias desafiar seus oponentes. Ele pediu a demonstração do poder de Deus e foi atendido. Mas, algo deu errado na peça, e o que se esperava...


É preciso abrir um parêntese para dizer que, nos bastidores, alguém teve a brilhante ideia de colocar pólvora no meio do altar, num cenário feito de madeiras e panos para dar um ar de realidade.


Assim, enquanto o profeta Elias orava: - Senhor, manda fogo do céu..., fósforos eram riscados e jogados em direção ao centro do altar, onde estava uma bela quantidade de pólvora, estratégica e cuidadosamente colocada no meio do palco.


Depois de muita insistência com a oração do profeta e nada de fogo, finalmente o contrarregra conseguiu atingir a pólvora, após lançar inúmeros palitos de fósforos. Houve uma pequena e inesperada explosão, suficiente para derrubar o altar. O profeta levou um baita susto e com o impacto da explosão, caiu.


A congregação não conseguiu segurar o riso e foi um festival de gargalhadas. O mais dramático foi que me passaram a palavra para pregar, mas o clima pedia qualquer coisa, menos meditação.


Agradeci o povo, segurando o riso, orei e encerrei o culto. Após, fui dar uma olhada no profeta e ele estava bem, apesar do susto.


É isso por hoje...é vida que segue!

 


 

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