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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Crônica da semana.


Onde estão as meninas?

Eu e meu amigo Elizeu, quase sempre fazíamos o mesmo caminho em direção à Igreja Batista do Aquidabã, pois éramos totalmente envolvidos nas atividades daquele grupo.

Numa manhã bonita e quente, como normalmente são os dias na cidade de Cachoeiro de Itapemirim e depois de tomar o meu café, coloquei-me a caminho do templo, mas antes passei na casa do meu amigo e para variar, cheguei próximo à escada que passava perto de sua casa, enchi os pulmões e gritei: - Elizeuuuu!!!! Ao que ele respondeu: -Já vouuu!!!!

Era muito comum chamá-lo aos berros da rua de cima. Sua casa ficava na rua de baixo. Entre uma casa e outra formava-se um vale, os berros ecoavam retumbantes e todos os vizinhos ouviam, tenho certeza que ficavam incomodados. A melhor parte da história era o fato do meu amigo me responder gritando de sua casa também. Quem não gostava nada disso era minha querida e saudosa Lanite, nos chamava atenção pela molecagem.

Eu e o Elizeu descemos pela rua Anacleto Ramos, passando pelo Hospital Evangélico e chegamos à casa da família Sá. Uma das famílias mais tradicionais e queridas da Igreja Batista do Aquidabã.

Quando nos aproximamos da casa dos irmãos, encontramos duas crianças que estavam brincando livremente na rua, pois naquela época não havia tanto perigo como hoje. Ao olharmos as duas meninas, não tivemos dúvidas em brincar com a situação.

Tive uma brilhante ideia e imediatamente disse: - Elizeu, pegue as duas meninas e vá em direção ao Hospital. Fique lá por alguns momentos, até que eu chegue à casa da família e pergunte por elas. Tudo combinado!

Entrei de maneira festiva e cumprimentei o povo: - Bom dia, gente! Vim dar um abraço nas meninas, onde elas estão? Uma das mães respondeu: - Estão brincando lá em frente a nossa casa! - Em frente da casa? Perguntei e logo respondi: - Nãããããoooo!!! Passei por lá agora!!!

Para resumir, foi um desespero das mães e tias que começaram a procurar as meninas e a perguntar aos transeuntes se eles haviam visto alguma coisa.  Depois de um certo tempo... eis que, milagrosamente, as meninas apareceram com o Elizeu. Toda família ficou super agradecida por meu amigo ter encontrado e devolvido as meninas à família querida.

Fico imaginando o susto que aquelas mães passaram e confesso que hoje, quando penso naquela situação, sinto-me envergonhado por ter levado adiante tal brincadeira, mas isso reflete a imaturidade da juventude. O tempo passa, com ele vamos amadurecendo e deixando para trás as “coisas de menino”.

Depois de algum tempo, contamos à família que o desaparecimento havia sido combinado. Tomamos uma bela de uma bronca e tudo ficou bem!

Esse tipo de brincadeira é totalmente desaconselhado fazer porque pode trazer graves consequências.

É isso por hoje... é vida que segue!!!

 

 

 



 

10 comentários:

  1. Travessuras é o que não faltou em nossa juventude e vc as retrata de forma excepcional. Parabéns meu irmão.

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  2. Viajei no tempo! Como é bom lembrar as coisas de criança! Tempo bom! Travessuras ingênuas, você as retrata muito bem! Parabéns Roberto!

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  3. Memórias afetivas nos fazem estar vivos e provoca um sorriso tímido no canto da boca ou simplesmente um gargalhar gostoso e espontâneo!!! 🤗😃

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  4. Roberto com essa travessura ou irresponsabilidade creio que vc que Ia o reconhecimento pela sua ação de senvontra-las e por outras vias entrega-las a família, como fez o seu amigo . De uma forma foi uma boa ação, considerando que elas estavam sozinhas em outro lugar e não brincando em frente à sua casa. Grande abraço. 🤗💕

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  5. Ah, travessuras da juventude. Sensacional!! Viajei no tempo...por alguns anos a rua Anacleto Ramos também foi meu caminho para ir à igreja.
    Parabéns meu amigo.

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  6. Eu te conheci quando era seminarista e apontava as suas imagino antes. Kkkk
    É bom recordar.

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  7. Esse Roberto!! Sempre aprontando!!! Caminhei pelas ruas do Aquidabã, boas memórias amigo!!!

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  8. Nossa, brincaram com coisa séria!!! Mas ....valeu! Gostei.

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  9. Menino Roberto, vc era levado, hein? Aliás, ainda é.�������� Mas é muito bom lembrar dessas travessuras da infância.Gostei, show!��������

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  10. Só imagino o susto!! Mais acredito que o alívio do encontro foi bem melhor!! Mais travessura é travessura e é muito bom recordar!

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