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segunda-feira, 30 de setembro de 2024



Seguro estou...

Na Grande Vitória nessa segunda-feira, o dia amanheceu chuvoso e a temperatura é a temperatura em torno dos 23°, o que muito me alegra.

Como sempre, levantei-me bem cedo e fui tomar o meu banho gelado (nos meus sonhos) e foi justamente nesse momento que descobri a chuva bem torrencial. Para alguns isso é um problema, mas no momento de seca que estamos vivendo no Brasil, chuva é benção.

Tudo pronto, mochila nas costas chegou o momento de "botar" os pés nas águas e lá fui eu. Desci as escadas, pois moro no apartamento que fica no 4° andar e dirigi-me à portaria escolhendo lugares para passar, pois as poças d'águas são sempre abundantes no pátio do condomínio.

Passei pela portaria e cumprimentei os simpáticos porteiros, atravessei a primeira avenida e em seguida uma pequena ponte para aguardar o meu ônibus no ponto. Ao chegar no ponto, naturalmente debaixo de muita chuva, para minha surpresa o abrigo estava sem cobertura, logo não era seguro pois não nos protege da chuva.

Olhando para aquela estrutura, me veio ao coração uma antiga canção do velho Cantor Cristão: seguro estou não tenho temor do mal, sim guardado pela fé em meu Jesus. O Hino nos fala de segurança, que é um item que mais necessitamos nos últimos tempos.

Segurança... pois vivemos tempos em que a violência tem sido uma constante em nossa sociedade e está invadindo nossas casas através das redes sociais e a nossa intolerância com o outro.

Segurança... diante das nossas inquietudes emocionais, pois vivemos em ambientes totalmente nocivos à nossa saúde mental e psicológica o que nos tem tornado doentes e inseguros.

Segurança... perante as perseguições étnicas, intolerância religiosa e política, orientação sexual, quanto aos refugiados em outros países e àqueles que estão dentro de suas próprias casas.

Segurança... diante das tempestades da vida que sempre tentam solapar a nossa existência com doenças graves que nos afastam das batalhas da vida ou mesmo àquelas que levam embora pessoas que amamos e nos deixam uma saudade profunda.

Segurança... pois estamos debaixo da palavra do Salmo 91:4, que diz: “Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas estará seguro!” É essa verdade que nos tranquiliza. Segurança, porque mesmo em meio a todas às seguranças da vida, temos uma referência que supera todos as companhas humanas.

Segurança... pois no Salmo 23, Deus se apresenta como nosso Pastor supremo disposto a não nos deixar faltar nada em especial pois nos farará repousar em pastos bem verdes, além de nos guiar por águas tranquilas.

Segurança... pois não podemos nos esquecer que no Salmo 46, Deus é o nosso refúgio e fortaleça, socorro bem presente nas angústias, ainda que toda natureza se levante e ruja, Ele nos protegerá.

Segurança... pois Isaías 40, nos indaga: “quem pode medir a água na concha da sua mão? Quem conseguiu avaliar a extensão dos céus a palmos? Se Deus criou e tem o poder de controlar a natureza, imagine como Ele cuidada de você e eu?

Segurança... pois porque contamos com a oração de Jesus no evangelho de João abençoando a todos os que creem no seu nome e em Mateus de que estaria conosco até consumação dos séculos.

Seguro estou não tenho temor do mal, sim guardado pela fé em meu Jesus, não posso duvidar desse amor leal; Ele em seu caminho sempre me conduz. Não me deixará, mas me abrigará...

É isso por hoje... é vida que segue!


sábado, 28 de setembro de 2024


Renato, nosso irmão mais novo!

Nasceu no dia 28 de setembro e foi um menino esperado com grande expectativa pois as condições da saúde de minha mãe naquela época eram bem precárias. Claro que minha mãe não tinha a menor consciência de que eu sabia de tudo que se passava.

Fui uma criança que amadureceu muito cedo pois o meu pai viajava e quando minha mãe engravidou percebia sem entender muito o esforço que as minhas tias faziam para esconder os riscos de uma gravidez bem perigosa.

Quantas vezes enquanto elas conversavam, eu como toda criança curiosa, ficava atrás das portas bem quietinho ouvindo tudo que consiga e dessas conversas na minha compreensão infantil que entendi que a gravidez de minha mãe era de altíssimo risco.

Como criança num tempo em que nem se pensava em conversar sobre esse assunto, pois não era de criança senti que precisava fazer alguma coisa no meu sofrimento solitário. Descobri então algo que me encheu de esperança e todas as vezes que meu coraçãozinho se apertava recorria a minha descoberta: a oração.

Foram muitas noites debaixo do meu cobertor, chorando e implorando a Deus pela vida de minha mãe e do bebê que estava preste a chegar. Naquela época não havia história de chá revelação e muito menos ultrassonografia, para descobrir o sexo da criança.

O tempo foi passando e olhava para minha mãe e sua enorme barriga que a única coisa que eu pedia a Deus noite e dia, era de que tudo corresse bem quando ela fosse para o hospital. Enquanto isso eu continuava com o coração apertado, temendo pelo futuro e sem poder compartilhar com ninguém. Os dias eram difíceis.

Chegou dia 28 de setembro e dona Maria deu entrada na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro, hospital referência do sul do Estado. Havia uma grande tensão no ar e mesmo que os adultos não soubessem, eu compreendia tudo que estava acontecendo e o meu coração de criança permanecia desesperado.

O tempo foi passando e finalmente chegou a notícia: “o menino nasceu e mãe e bebê estão bem.” Essa notícia deixou toda família alegre e o menino recebeu o nome de Renato. Quando vi minha mãe e a criança chegando em casa foi uma sensação de alívio e o resultado das minhas orações de todas as noites.

O menino foi crescendo e desde cedo já demonstrava seu gosto por cachorros.  Dentre eles destaco Mustang, um cão grande, de pelos pretos que pertencia aos nossos vizinhos, mas gostava de ficar na nossa casa e algumas vezes que fui visitar minha família, pois morava no Rio o bichano me impediu de entrar na minha própria casa.

Renato, desde cedo sempre foi determinado naquilo que queria fazer na vida. Serviu o exército no Rio de Janeiro, numa rotina de “tirar serviço”, que era ficar no quartel em dias alternados. Sua dedicação durante um ano no serviço militar me deixou impressionado e ao mesmo tempo convicto que eu nunca me adaptaria aquele tipo de vida.

Renato, amigo, irmão, pai, avô, esposo e filho que a cada ligação e visita deixa a nossa mãe cheia de felicidade e o seu aniversário será sempre motivo de muita comemoração, pois ele é a representação viva da misericórdia de Deus sobre nossa família.

Renato, comemore e não se canse de agradecer a Deus pois você é a resposta de Deus às muitas orações que pedindo pelo seu nascimento e pela vida de nossa mãe.

Receba o nosso carinho e desejos de que as bênçãos de Deus continuem sendo derramadas sobre sua vida.

É isso por hoje... é vida que segue.


sexta-feira, 27 de setembro de 2024


Minha primeira oração ao conhecer lugares novos...

Na manhã dessa quinta-feira, dia 26 de setembro, saímos por volta das 07h da Secretaria de Educação para fazer uma visita ao distrito de Córrego Alegre, onde funcionou uma unidade escolar que pertenceu ao Estado e foi municipalizada nos anos 90, no Município de Aracruz.

Nosso amigo motorista, chegara de viagem na noite anterior do sul do Estado e precisou abastecer o carro num posto na Avenida Leitão da Silva. Aproveitei a oportunidade para comprar água, pois na Grande Vitória os dias têm sido extremamente quentes e precisamos hidratar bem nossos corpos.

Tudo pronto, carro abastecido vamos cair na estrada, pois o caminho não é longo, mas temos muito trabalho para fazer na Secretaria. O trânsito estava tranquilo e vencemos bem a primeira etapa que compreende sair da Reta da Penha, atravessar a ponte dos arcos, passar pela Universidade Federal do Espírito Santo e através da Avenida Fernando Ferrari.

Enquanto avançamos pela Fernando Ferrari, contemplo à minha esquerda o templo da Primeira Igreja Batista de Goiabeiras, onde tenho muitos amigos e lembranças maravilhosas e do lado direito tem a Loja de Leroy Merlin, e mais adiante passamos pelas instalações do antigo aeroporto da cidade e deixamos para trás a cidade de Vitória.

No município da Serra mergulhamos na Rodovia das Paneleiras e à nossa direita, temos os bairros Boa Vista l e ll e Jardim Carapina, onde fica a Primeira Igreja Batista de Jardim Carapina, congregação que frequento.  

Desse mesmo lado temos o Vitória Apart Hospital e no sentido contrário o Motel Panorama e em seguida o Shopping Mestre Álvaro. Continuando nossa viagem e entramos na Rodovia do Contorno, sentido Contorno do Mestre Álvaro, pois o caminho é mais rápido.

Sem muita pressa e com toda segurança, finalmente retornamos a BR 101, que recebeu o nome de Rodovia Governador Mário Covas e seguimos para Fundão uma pequena cidade que é passagem obrigatória para quem deseja ir para a região das montanhas ou norte do Estado.

Em seguida chegamos em Pendanga e passamos pela majestosa e imponente estátua de Buda, com 35 metros de altura, a segunda maior do mundo. É um grande espetáculo e quem não conhece deve tirar um tempo quando passar pelo Espírito Santo vale a pena conhecer.

Chegando em Aracruz, nos dirigimos para o Córrego Alegre, distrito que fica na zona rural do município. Passamos por estradas “de chão”, cuidadas e bem sinalizadas e finalmente chegamos ao antigo prédio onde funcionara uma das nossas unidades escolares. Ao lado do prédio em ruínas está uma bem conservada casa onde morou a antiga professora que hoje tem seus 96 (noventa) e seis anos, segundo o testemunho de um dos seus filhos.

Entretanto, ao lado da antiga casa dos proprietários do terreno tem um imponente templo Católico que me deixou encantado com sua beleza extremamente simples. Claro que uma das minhas primeiras atitudes foi fotografar a construção e minha colega de trabalho, pediu que eu a fotografasse e depois usou a seguinte expressão: - preciso de um momento para fazer a minha primeira oração, pois sempre que conheço lugares desconhecidos, tenho o hábito de agradecer.

Gostei muito daquela frase e pedi permissão à Maria José Magevski Camata para escrever sobre ela e a nossa viagem. Chegamos ao local da nossa missão e seria muito importante agradecer a Deus por esse fato, mas também pedi pelo que fomos fazer.

Nossa primeira oração deve acontecer... no momento que acordamos, no abrir dos olhos ao amanhecer, agradecendo e pedindo proteção a Deus pela oportunidade de mais um dia de vida.

Nossa primeira oração deve acontecer... no momento que chegamos ao trabalho, agradecendo e pedindo proteção a Deus pela nossa jornada.

Nossa primeira oração deve acontecer... todas as vezes que retornamos para casa, pois recordamos que temos um teto e uma família e mesmo não sendo perfeita é o lugar para onde podemos voltar todos os dias.

Nossa primeira oração deve acontecer... a cada percurso que percorrido, mesmo não sendo longo, recebemos vários livramentos pois tragédias têm acontecido todos os dias bem pertinho ou mesmo diante de nós.

Nossa primeira oração deve acontecer... a cada trabalho finalizado, pois são ciclos que são vencidos e temos oportunidade de partir para o próximo.

Nossa primeira oração deve acontecer... a cada notícia boa que recebo, pois terei oportunidade de agradecer profundamente a Deus por todas as maravilhas que tem me concedido.

Nossa primeira oração deve acontecer... diante de notícias ruins, pois sempre podemos contar com Deus que nos ajuda a vencer as tempestades da vida e com nossos amigos e familiares que nos servem como companhias.

Nossa primeira oração deve acontecer... a cada momento que vivemos pois isso representa uma dádiva dos céus pois temos oportunidade de sentarmos juntos aos nossos familiares e amigos em busca de um mundo melhor, pois o momento que estamos vivendo são sombrios.

Na esperança de que nossa primeira oração será sempre prioridade em todos os momentos de nossas vidas... sigamos, sempre agradecidos.

Ah, sim! Retornamos em segurança para Vitória.

É isso por hoje... é vida que segue!

quarta-feira, 25 de setembro de 2024



Não se envergonhe...

Não se envergonhe... peça ajuda quando precisar.

Não se envergonhe... não tenha medo de ajudar for solicitado.

Não se envergonhe... peça socorro quando não conseguir ajudar.

Não se envergonhe... nunca abandone aquele que te procurar. 

Não se envergonhe... ninguém e nem mesmo vocês não terão todas as respostas.

Não se envergonhe... pois o sentimento de culpa faz parte de tragédias que não conseguimos evitar.

Não se envergonhe... você pode ser temporariamente esquecido por amigos, mas sempre terá um Amigo Fiel que jamais te abandonará.

Não se envergonhe... pois sua luta do momento pode ser insana e amedrontadora, mas é Pai do Céu estará contigo te proporcionando bálsamo e consolo para enfrentar os momentos mais sombrios da vida... espere e creia. 

Não se envergonhe... que o Deus que te guarda não dormitará e trabalhará para dar alívio e paz ao seu coração.

Não se envergonhe... pois Deus não se envergonha e te ama do jeito que você, com todas as suas limitações, pois o seu amor é sem limites e totalmente incondicional.

Que esse amor e sua maravilhosa graça atinja em cheio os nossos corações, levando águas límpidas e claras que promovam uma renovação em nossa existência. 

Que Deus nos abençoe e nos dê uma noite e um dia de paz na sua presença.

É vida que segue...

sábado, 21 de setembro de 2024


Quando o choro insiste em banhar a nossa face...

É uma imagem me leva a pensar nos vários tipos de choros que ela representa...

... arrependimentos pelas oportunidades perdidas.

... desespero de não ter dado atenção que a vida merecia.

... angústia por ter perdido tempo com companhias erradas.

... abandono e substituição da familia em função de escolhas equivocadas.

... insistência em fazer algo totalmente diferente da sua verdadeira vocação.

... viver com a pessoa errada ou abandonar a correta em função das cobranças sociais ou religiosas.

... suportar todo tipo de pressão e arruinar a vida, simplesmente por ter medo de expor aquilo que pensa.

... andar e ser massacrado durante toda vida por medo de pedir perdão e admitir que errou e perdoar com medo de ser rejeitado, mas se esquece que o perdão é  essencialmente libertador.

... sofrer e se esquecer que a nossa história não acabou e ainda pode ser mudada.

... quantas lágrimas temos derramado ao longo das nossas vidas?

... é possível que você já tenha chorado bastante e ainda chora e se precisar, chore mais um pouquinho e depois se levante e tente encarar a vida de frente.

... a velha, amiga e atual Bíblia nos diz: que o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.

O amanhecer que nos desejo é aquele em que o sol da justiça nascerá, se levantará e brilhará secando dos nossos olhos e corações todas às lágrimas que inundaram nossas vidas nas turbulências das noites. 

É vida que segue...

quarta-feira, 18 de setembro de 2024



Minhas andanças pelo Espírito Santo... nossa visita ao seu Tarcísio

Tenho uma filosofia de vida: você deve fazer aquilo que gosta, mas caso isso não seja possível, faça da melhor maneira o trabalho que leva o seu sustento para o seu lar.

Você deve estar pensando que não gosto das minhas andanças pelo meu querido Estado, mas devo lhe dizer que está redondamente enganado. Amo viajar a trabalho e conhecer pessoas. Tem a parte de não conseguir escapar das lambidas e cheiradas dos cachorros, quando não mostram os dentes sem nenhuma cerimônia e sem exageros por mais de uma dezena deles nos últimos três dias.

Mas o que mais me encanta são as pessoas que tenho conhecido nessas viagens. "Seu" Tarcísio é um simpático senhor que mesmo tendo pouca instrução cedeu espaço para que fosse construída uma escola na sua propriedade. Ele ficou preocupado e se desculpando por não estar ouvindo direito e ainda insistiu para que tomássemos um cafezinho na sua casa. Deixamos para uma próxima oportunidade.

De todas as minhas viagens essa foi a mais estranha, pois o trabalho a ser realizado, consiste em averiguar os imóveis que precisam ser reintegrado às famílias que durante anos atuaram junto ao poder público em prol da educação e com a chegada das máquinas que proporcionam aberturas de estradas e facilitam a saída das crianças para diversos núcleos, nossas escolas uni e pluridocentes acabaram perdendo espaços.

São viagens difíceis, corridas e com uma quantidade de poeira que só em escrever sobre a quantidade de pó amarelo que sobe deixa os alérgicos espirrando por dias sem parar.

Nos três últimos dias, andamos por vários municípios em buscas das escolas que tiveram suas atividades encerradas e na oportunidade passamos por muitas comunidades, assentamentos e conhecemos muitas pessoas interessantes que ainda terei tempo de escrever sobre essas histórias.

Bem a conversa está boa, mas preciso continuar meu rally em busca das nossas escolas com as atividades encerradas... e a viagem continua.

É vida que se segue...