Era
um final de semana e aquele esposo todo animado convidou sua amada para passar
dois dias no interior do Espírito Santo, numa cidade bucólica em certa região
do estado que é muito procurada pelos casais e famílias que desejam curtir as
montanhas e tomar um caldo.
Aquele
casal contou os dias para torcendo para que a semana passasse bem rápida e na
sexta-feira, saíram da capital, Vitória e partiram até a região buscando curtir
um bom fim de semana, regado a caldos, vinhos e passeios em pontos turísticos.
A
cidade por ser pequena e atrair muita gente, apesar de ficar perto da capital a
chegada até o local é muito difícil pois o número de veículos é grande e o
trânsito fica impraticável e é necessário que se tenha muita paciência.
Chegaram
à pousada, fizeram um check-in, se acomodaram e depois saíram para curtir um
pouco da noite para degustar a especialidade de um certo restaurante que é o
capelleti de frango, tomar um bom vinho e apreciar às estrelas, chegou o
momento de retornar para a pousada.
Perceberam
que haviam muitas fotos emolduradas na parede e pelo visto eram antigas de
pessoas falecidas. Uma delas chamou a atenção do homem que fez um comentário
sobre a figura da mulher na moldura, achando-a feia, esquisita e com um olhar
assustador.
Quando
chegaram, subiram as escadas que não estavam totalmente iluminadas e a moça da
recepção já havia deixado o posto e naquele momento deveria estar com sua
família.
Deitaram
e o sono chegou e a noite cumpriu o seu papel, foi avançando lentamente com o
silêncio que o local proporcionava, até que algo estranho começou acontecer em
determinado momento: o homem ouviu um certo barulho que vinha da porta do
banheiro.
Ele
levantou e percebeu que a porta estava entreaberta e achou estranho, pois não
havia inclinação no portal que proporcionasse tal fato e muito menos corrente
de ar, uma vez que as janelas estavam fechadas e pelo fato do local ser frio,
nenhum ventilador ou ar-condicionado havia sido ligado.
Após
fechar e examinar bem a porta, deitou-se novamente e algum tempo depois
percebeu que além de um barulho ela novamente estava aberta. O homem ficou
arrepiado pois olhava a porta se movimentava num vai e vem, como se alguém a
empurrasse.
Mais
uma vez de pé, totalmente amedrontado e não querendo acordar sua esposa, foi tremendo
até a passagem e a fechou e ao mesmo tempo sentia um vento frio que corria pelo
local e a impressão que tinha é de que ele cortava a sua roupa atingindo a sua
coluna vertebral. Agora está lacrada, pensava ele.
Deitou-se
mais uma vez e conseguiu fechar os olhos e dormiu e aconteceu outro fato que
chamou a atenção daquele senhor: a porta novamente se abriu e sem nenhuma
explicação a sua esposa foi parar “nos pés da cama” e acordou assustada. Fatos
estranhos estavam acontecendo naquele quarto.
A
partir daquele momento o casal já não conseguia dormir o único meio que
conseguiram passar a noite foi conversando até o dia amanhecer. Foi uma longa
noite. Após o café ainda assustado arrumaram seus pertences e foram conversar
com a proprietária e expuseram a experiência vivida na noite anterior.
Olharam para uma das fotos das molduras que
estavam na parede e receberam a explicação que aquela senhora que ele havia
achado estranha, falecerá no local e que segundo a recepcionista de tempos em
tempos aconteciam fenômenos que eram atribuídos à senhorinha, mas não era
preciso se preocupar que ela é boazinha.
O
casal ainda assustado com tudo que haviam vivido na noite anterior saiu do
local com aquela última frase da mulher que ser portava como se os
acontecimentos tivessem sido algo natural. Ela é boazinha... não se preocupem!
Foram
embora e prometeram não voltar naquele lugar tão cedo. Bem essa foi a história
que ouvi como verdadeira.
É
isso por hoje... é vida que segue!