Marcas que não se apagarão...

Até quando teremos que assistir esse tipo de crueldade sem medida?

Buscar o culpado foi preciso, mas seria ele o único? Um adolescente de 16 anos que teve acesso às armas do pai, militar, sem o seu conhecimento (essa tem sido a informação repassada) e que demonstrou destreza no manuseio do armamento.

Por outro lado, fico imaginando a dor dos pais, filhos, colegas de sala, dos papos na sala dos professores e companheirismo do dia a dia nos corredores das escolas. Tenho certeza de que os lugares vazios trarão saudades doídas que nem mesmo o tempo poderá apagar.

Lágrimas nos olhos que escorreram pelos corações e migraram e se alojaram nas almas de alunos e professores que por certo guardarão por todas as suas vidas. Que dia fatídico!

E a todos nós que acompanhamos de longe, fica a estranha sensação de impotência e um olhar absurdo de como esse tipo de atitude pode acontecer tão debaixo dos nossos olhos sem que tivéssemos a premonição para evitar tais tragédias.

Sei que muitas perguntas invadem as nossas mentes, mas antes de respondê-las, entendo que precisamos prestar nossa solidariedade às famílias enlutadas que perderam pessoas queridas de forma tão violenta.

Minha sexta-feira, foi extremamente triste, pois maior parte da minha vida como profissional da educação, passei na escola e como o primeiro amor a gente nunca esquece, logo, imagino o sofrimento dos meus colegas e alunos da EEEFM Primo Bitti e do Centro Educacional Praia de Coqueiral, em Aracruz.

Que Deus possa confortar e ajudar todas as famílias enlutadas nesse momento de dor e que como sociedade possamos refletir em como podemos nos livrar dos caminhos obscuros que temos trilhado nos últimos tempos.

Cybelle Passos Bezerra, Maria da Penha Banhos, Flávia Amboss Merçon Leonardo e a Selena Sagrillo Zucolotto... descansem em paz!