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domingo, 26 de outubro de 2025


















Diário de um passageiro de ônibus...                   

Hoje, 26 de outubro o dia amanheceu claro e se aprendi os segredos dos antigos, não deve chover nas primeiras horas da manhã. Normalmente, falho nas minhas previsões. 

O primeiro terço da viagem está tranquilo, mas ainda estou ofegante pela corrida que dei até a minha casa por ter esquecido os meus óculos e sem eles não poderia ler e muito menos escrever esse texto. 

Estamos chegando no terminal e a nossa conversa continuará no segundo terço de nossa viagem. Nesse primeiro o motorista é bem lento... gosto daqueles que fazem as curvas como se estivessem pilotando uma moto.

Acabei de entrar no segundo coletivo, sentei-me no acento perto do cobrador e o motorista me chamou para sentar na primeira parte do coletivo para ajudá-lo a chegar no aeroporto. Pensei qualquer coisa nesse domingo, menos ser copiloto de coletivo. Trânsito bom, às 05h da madrugada. Terceira ponte,  totalmente liberada. O dia promete!

Chegamos em Vitória e a cidade dorme em profundo silêncio nos braços de Morfeu. Avistamos alguns jovens voltando das baladas e pelo ânimo da galera, poderiam enfrentar mais uma noite sem dormir um minuto sequer. A juventude tem essa vantagem.

Alcançamos a famosa Reta da Penha que é assim conhecida pois quando você desce de Serra à Vitória é possível contemplar o Convento da Penha em Vila Velha que é um belíssimo cartão postal daquela magnífica cidade. Até o momento, nenhuma intercorrência. O sol está ameaçando a surgir esplendoroso.

Estamos no aeroporto! Quem disse que o ditado de cego guiar cego é verdadeiro? Fui feliz na condução do motorista até o aeroporto e confesso que me sinto tentado dá próxima vez  pedir para dirigir o coletivo.

Passar pela  praia de Camburi é sempre um espetáculo. E o calçadão está uma delícia para caminhar e se não fosse a minha sala da EBD, desceria e ousaria pisar nas areias molhadas de águas que me parecem geladas que sempre é uma sensação é indescritível. Passamos pelo bairro de Fátima e nos despedimos de Vitória, chegando em Serra. Deu tudo certo, graças a Deus.

Como o dia está bonito, resolvi fazer o caminho inverso nesse terceiro e último trecho da viagem. Embarquei no coletivo que percorre por todo bairro antes de chegar na padaria onde tomarei o meu café, afinal preciso conhecer bem o local onde meus alunos e alunas moram. 

Passamos por um pequeno trecho da BR 101, e com a mesma rapidez que chegamos passamos pelo bairro André Carloni. Seguimos pela rodovia do contorno como se fossemos para Cariacica, mas em menos de 2 km, submergirmos no viaduto e retornamos no sentido Serra e menos de 1km e entramos em no bairro Jardim Carapina. 

Nesse trecho da viagem, muitas pessoas usam o coletivo para irem ao trabalho e outras numa quantidade bem maior no dia de domingo se dirigem às igrejas. 

Após percorrer uma boa parte do bairro, finalmente cheguei na avenida paralela da Sansil Padaria. Desci e caminhei dois quarteirões e sentei para tomar um saboroso café. Como o diário não é de uma padaria, tratarei dessas curiosidades em outro momento.

Ah, sim! Como sou um péssimo previsor do tempo... acredito que a chuva não tardará a chegar ainda nessa manhã.

É isso por hoje... é vida que segue!