Diário de um passageiro de
ônibus...
Hoje, 26 de outubro o dia
amanheceu claro e se aprendi os segredos dos antigos, não deve chover nas
primeiras horas da manhã. Normalmente, falho nas minhas previsões.
O primeiro terço da viagem
está tranquilo, mas ainda estou ofegante pela corrida que dei até a minha casa
por ter esquecido os meus óculos e sem eles não poderia ler e muito menos
escrever esse texto.
Estamos chegando no terminal e
a nossa conversa continuará no segundo terço de nossa viagem. Nesse primeiro o
motorista é bem lento... gosto daqueles que fazem as curvas como se estivessem
pilotando uma moto.
Acabei de entrar no segundo
coletivo, sentei-me no acento perto do cobrador e o motorista me chamou para
sentar na primeira parte do coletivo para ajudá-lo a chegar no aeroporto.
Pensei qualquer coisa nesse domingo, menos ser copiloto de coletivo. Trânsito
bom, às 05h da madrugada. Terceira ponte, totalmente liberada. O dia
promete!
Chegamos em Vitória e a cidade
dorme em profundo silêncio nos braços de Morfeu. Avistamos alguns jovens
voltando das baladas e pelo ânimo da galera, poderiam enfrentar mais uma noite
sem dormir um minuto sequer. A juventude tem essa vantagem.
Alcançamos a famosa Reta da
Penha que é assim conhecida pois quando você desce de Serra à Vitória é
possível contemplar o Convento da Penha em Vila Velha que é um belíssimo cartão
postal daquela magnífica cidade. Até o momento, nenhuma intercorrência. O sol
está ameaçando a surgir esplendoroso.
Estamos no aeroporto! Quem
disse que o ditado de cego guiar cego é verdadeiro? Fui feliz na condução do
motorista até o aeroporto e confesso que me sinto tentado dá próxima vez
pedir para dirigir o coletivo.
Passar pela praia de
Camburi é sempre um espetáculo. E o calçadão está uma delícia para caminhar e
se não fosse a minha sala da EBD, desceria e ousaria pisar nas areias molhadas
de águas que me parecem geladas que sempre é uma sensação é indescritível.
Passamos pelo bairro de Fátima e nos despedimos de Vitória, chegando em Serra.
Deu tudo certo, graças a Deus.
Como o dia está bonito,
resolvi fazer o caminho inverso nesse terceiro e último trecho da viagem.
Embarquei no coletivo que percorre por todo bairro antes de chegar na padaria
onde tomarei o meu café, afinal preciso conhecer bem o local onde meus alunos e
alunas moram.
Passamos por um pequeno trecho
da BR 101, e com a mesma rapidez que chegamos passamos pelo bairro André
Carloni. Seguimos pela rodovia do contorno como se fossemos para Cariacica, mas
em menos de 2 km, submergirmos no viaduto e retornamos no sentido Serra e menos
de 1km e entramos em no bairro Jardim Carapina.
Nesse trecho da viagem, muitas
pessoas usam o coletivo para irem ao trabalho e outras numa quantidade bem
maior no dia de domingo se dirigem às igrejas.
Após percorrer uma boa parte
do bairro, finalmente cheguei na avenida paralela da Sansil Padaria. Desci e
caminhei dois quarteirões e sentei para tomar um saboroso café. Como o diário
não é de uma padaria, tratarei dessas curiosidades em outro momento.
Ah, sim! Como sou um péssimo
previsor do tempo... acredito que a chuva não tardará a chegar ainda nessa
manhã.
É isso por hoje... é vida que
segue!
