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segunda-feira, 22 de dezembro de 2025


Freguesia no futebol… vai, Corinthians!

Passei quinze anos de minha vida na simpática cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Morei no bairro da Tijuca, na maravilhosa colina do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, encravado no final da Rua José Higino, 416.

A cidade do Rio é bela por natureza, e tive a oportunidade de morar em mais dois bairros além da Tijuca: Cacuia, na Ilha do Governador, e Anil, em Jacarepaguá. Gosto dos três, mas tenho um carinho todo especial pela Tijuca, pois foi onde tudo começou.

Minha passagem por Jacarepaguá foi muito rápida, menos de três meses, mas sempre que podia andava por lá e tive a oportunidade de conhecer o bairro Freguesia, que fica naquela região.

A palavra freguesia, segundo os estudiosos, nas terras lusitanas significa a menor divisão territorial de um município, equivalente a um distrito ou bairro. Eclesiasticamente, historicamente, significava uma paróquia ou área que ficava sob a responsabilidade de um pároco. Essa palavra ainda tem como significado um conjunto de pessoas que frequentam um estabelecimento ou serviço, tendo como sinônimo “clientela” ou “compradores”.

Freguesia, entretanto, tem um outro significado no futebol, pois quando um time perde para outro sucessivas vezes é chamado de freguês. No passado tivemos alguns fregueses famosos no Rio de Janeiro. O Botafogo, por exemplo, foi freguês do Vasco por vários anos. Isso foi no passado!

No dia 14 de janeiro de 2000, que caiu numa sexta-feira, naquela época eu morava em São José dos Campos e fazia um curso no Rio de Janeiro. Justamente no dia da minha viagem aconteceu a final do Primeiro Campeonato Mundial de Clubes da FIFA, entre Vasco e Corinthians, no Maracanã. O resultado foi vitória do Timão!

Cheguei à Rodoviária Novo Rio por volta das 5h da manhã e recordo-me de ser obrigado a pedir licença aos torcedores para poder transitar pelos corredores da rodoviária. Tive um sentimento muito estranho. Os homens saíram de São Paulo, invadiram o Maracanã numa sexta-feira e venceram nos pênaltis.

Vinte cinco anos se passaram e, no início da noite de 21 de dezembro, quase no Natal, a história se repetiu, com o Maracanã lotado. Ainda bem que eu não estava lá, pois acho que ficaria extremamente decepcionado, como milhares de torcedores do Vasco que compraram ingresso e se prepararam para fazer uma grande festa — que aconteceu do outro lado, no bando de loucos.

Parabéns, corintianos de todo Brasil!

Para os vascaínos resta uma pergunta: o Vasco é freguês do Corinthians?

É isso por hoje, com o coração triste... é vida que segue!


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